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Quilombolas se opõe ao agronegócio na Baixada Maranhense

Foto: MOQUIBOM

O Movimento Quilombola do Maranhão (MOQUIBOM) e comunidades tradicionais da Baixada Maranhense estão realizando atos contra a empresa Agromax, que estaria ocupando a região, para plantar arroz irrigado.

Para falar sobre o assunto, o Jornal Tambor de quarta-feira (14/06) entrevistou Naildo Braga e Ramir Alves. Naildo é integrante do Movimento Quilombola do Maranhão (MOQUIBOM) e Ramir é liderança da comunidade tradicional de São Francisco dos Campos.

(Veja, ao final deste texto, a entrevista de Naildo Braga e Ramir Alves)

O movimento e a comunidade estão preocupados com os impactos ambientais, uso de agrotóxicos, impacto no lago São Francisco (um lago perene) e no Rio Turi, que alimenta toda esta região, incluindo várias comunidades quilombolas.

Dentre os municípios afetados estão: Santa Helena, Turilândia, Serrano do Maranhão, Turiaçu, Governador Nunes Freire, Santa Luzia do Paruá e Pinheiro.

Os povoados impactados seriam Pau Pombo, Janaubeira e Brasília ( Serrano do Maranhão), além da comunidade São Francisco dos Campos.

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Segundo Naildo, são várias as comunidades que dependem do lago São Francisco e do Rio Turi para sobreviver e tirar seu sustento. Ele disse que muitas espécies de peixes estão desaparecendo, além de animais silvestres. “São comunidades que existem há mais de 200 anos”, esclareceu o integrante do MOQUIBOM, preocupado com os impactos socioambientais.

Ramir declarou que o movimento contra a empresa iniciou na comunidade São Francisco dos Campos e depois outras comunidades se juntaram aos atos.

“A ideia é mostrar a nossa indignação para as autoridades. Estamos desassistidos em vários aspectos, o poder público se omite e acaba prejudicando a gente”, afirmou Ramir Alves.

De acordo com a liderança, as comunidades atingidas elaboraram um ofício que foi entregue à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA). Eles estão aguardando respostas.

A Agência Tambor está tentando fazer contato com a Agromax, para ouvir a empresa sobre as questões levantadas pelas comunidades e pelo movimento quilombola. Logo que se tenha um retorno, atualizaremos esta matéria.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Naildo Braga e Ramir Alves)

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