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Maranhão! Conflitos no campo precisam ter mais visibilidade

A sindicalista Angela Silva, presidenta da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultoras e Agricultores Familiares do Maranhão (FETAEMA), deu entrevista ao Jornal Tambor, na última sexta feira (19/08). Ela começou falando sobre a campanha nacional “Contra a Violência no Campo”, lançada em Brasília, no último dia 2 de agosto.

(Veja, ao final desse texto, a integra do Jornal Tambor, com a entrevista de Angela Silva)

A campanha foi lançada num concorrido evento ocorrido no auditório do Conselho Nacional dos Direitos Humanos. Trata-se de uma ação coletiva, reunindo 54 organizações, incluindo Contag, CPT, CIMI, MST. A chegada da extrema direita ao governo federal, com discurso de ódio e a proliferação de armas, aumentou um velho problema brasileiro.

Na entrevista com Angela Silva, o primeiro ponto abordado foi como essa Campanha pode refletir concretamente no Maranhão, estado brasileiro historicamente marcado pela violência no campo, com o problema crescendo nos últimos anos, com vários assassinatos, ameaças, prisões, poluição, destruição ambiental, trabalho escravo, destruição de roças.

Angela começou falando da necessidade de “intensificar a visibilidade”. Diante dos graves e diferentes problemas, a violência não pode ser naturalizada, nem invisibilizada. Esse é considerado um ponto fundamental. Combater a naturalização e o silenciamento da barbárie é um x dessa equação. E a presidenta da FETAEMA falou sobre a necessidade de acumular força política para “sensibilizar as autoridades”.

A presidenta também falou sobre o avanço do agronegócio no Maranhão, a partir de um modelo completamente equivocado de desenvolvimento, que despreza as comunidades tradicionais, os povos originários, além da agricultura familiar, gerando miséria social e violência. Ela também enfatizou a autonomia das organizações sociais, que num ambiente profundamente conservador, como é o caso do Maranhão, “precisam ter ousadia”, ao fazer a luta ao lado do povo.

Na entrevista Angela Silva abordou questões relacionadas ao papel do poder público, diante da violência no campo; e do silêncio absoluto da Assembleia Legislativa, diante desses mais variados casos de violência. Ela ainda tratou da candidatura de Chico Miguel, para deputado estadual, explicando como foi o processo de construção coletiva, que resultou nessa candidatura lançada pela FETAEMA.

E por fim, Angela abordou a conjuntura política nacional, a mobilização para tirar a extrema direita do Palácio do Planalto e da importância disso para a vida nas diferentes comunidades rurais.

(Veja abaixo a edição completa do Jornal Tambor, com a entrevista de Angela Silva)

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