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No Quilombo Guarimã! Agência Tambor realiza oficina de comunicação popular

Uma das atividades da oficina de comunicação popular

A Agência Tambor vivencia uma rede de comunicação no Maranhão. E a partir dessa caminhada foi realizada nos dias 1º e 2 de junho uma oficina no Quilombo Guarimã, no município de São Benedito do Rio Preto.

Foi uma Oficina de Comunicação Popular. Ela ocorreu no Baixo Parnaíba, no Cerrado maranhense, região atualmente violentada pelo agronegócio.

A oficina foi promovida pela Agência Tambor, por quatro de seus integrantes. A atividade reuniu outras 67 pessoas de 14 diferentes comunidades, a maioria de São Benedito do Rio Preto, com outras de Nina Rodrigues e Vargem Grande, dois municípios vizinhos.

Várias dessas comunidades já foram pauta jornalística na Tambor, noticiadas no site da agência, no jornal veiculado no YouTube, mencionadas em outras plataformas, além de estar junto ao Boletim semanal da Tambor.

Formação

Na primeira etapa da oficina ocorreu uma roda de conversa, um processo de escuta e troca de conhecimento entre todas as pessoas envolvidas no trabalho. As comunidades falaram como elas pensam e fazem comunicação social.

Na roda de conversa foi tratado da relação entre comunicação e poder

Na segunda etapa, foi tratado de questões técnicas, com noções básicas para produção de notícias, tendo o jornalismo como referência.

Além de ouvir as comunidades, os integrantes da Agência Tambor trataram de suas ações e experiências feitas a partir de um coletivo montado inicialmente na cidade de São Luís, que criou em 2012 uma organização para tratar de comunicação e educação popular.

A oficia destacou as relações entre comunicação e poder, enfatizando a realidade maranhense e brasileira. Trata-se de um ponto de partida para quem entender a função da comunicação social, associada com a luta popular.

Leia também: São Benedito do Rio Preto! Juçara é resistência contra a invasão da soja

Fala Quilombola!

No momento da oficina que ofereceu informações técnicas, foi tratado do roteiro para dar uma notícia, com noções básicas para uma comunicação audiovisual, utilizando o aparelho de celular.

No processo da oficina, foram produzidos diferentes podcasts, com pautas sugeridas pelas comunidades, relativas a cultura, meio ambiente, direitos humanos e conflitos fundiários.

Lideranças falaram sobre a realidade das comunidades

Ao final foi criado o Fala Quilombola, um canal de comunicação digital, sendo mais um passo na organização e no processo de resistência das comunidades da região.

“É Nóis na Fita”

A Agência Tambor faz jornalismo, associado à comunicação popular. Sua ação cotidiana está relacionada a organização, participação e mobilização social. Isso inclui formação política.

Oficina falou sobre comunidade de comunicação popular, para uma ação em rede

A oficina enfatizou que “a comunicação popular precisa ser pensada de forma comunitária”. Foi destacado que “em nossa ação em rede a circulação de informações precisa ser motivada por solidariedade, partilha e interesses coletivos”.

Discutimos o papel do jornalismo, atividade que pode ser fundamental na democracia, quando está submetido a comunicação popular.

Registramos que comunicação popular é o oposto do jornalismo de mercado, que faz o discurso da imparcialidade, mas é feito para atender aos interesses de quem tem muito dinheiro, sendo instrumento de elites que são essencialmente antipovo.

E enfatizamos que a turma da Fake News, o bando da desinformação, articulado pela extrema-direita, representa atualmente o que tem e pior na comunicação social e na sociedade.

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Ruan

Boa noite!
Boa matéria com muito aprendizado e troca de conhecimento 👏👏👏


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