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Poluição altíssima! São Luís pulverizada por Dióxido de Enxofre

É grave! Existe uma termoelétrica a carvão dentro da ilha de São Luís do Maranhão. | Foto: Divulgação

Uma das substancia, de potencial letal, que hoje ataca a saúde dos moradores de São Luís é o dióxido de enxofre.

Trata-se de um gás tóxico, causador de transtornos respiratórios e problemas cardiovasculares. Ele é proveniente da queima de combustíveis fósseis e das atividades industriais.

A atividade da ALUMAR, VALE e ENEVA, no município de São Luís, produzem o dióxido de enxofre

São Luís tem, desde 2020, seis estações públicas que fazem diariamente monitoramento da qualidade do ar do município. Os dados que essas estações trazem são assustadores!

Leia também: Calamidade! Poluição do ar de São Luís é muito maior que a de São Paulo

O governador Carlos Brandão tratou publicamente dessa falta de qualidade do ar, nesta segunda-feira (16/10), falando em “constante preocupação” diante “dos níveis de emergência”.

O problema é muito sério e faz com que o Advogado Guilherme Zagallo, do Movimento de Defesa da Ilha, afirme que baseado nos dados oficiais, “nenhuma cidade do Brasil tem tanta poluição como São Luís”.

Diante da urgência do problema, o Jornal Tambor entrevistou Guilherme Zagallo, já no dia 17 de outubro, terça-feira.

(Veja abaixo, o Jornal Tambor, com a entrevista de Guilherme Zagallo)

Durante o ano de 2022, a qualidade do ar em São Luís ultrapassou o limite máximo permitido 10.981 vezes. Desse total, 589 vezes foram em nível de emergência. Lembrando que o nível de emergência é o que existe de pior na legislação ambiental.

Para suas atividades industriais em São Luís, a Alumar, Eneva e Vale queimam carvão mineral. Isso resultou, só no ano de 2016, a emissão de 27,2 mil toneladas de dióxido de enxofre.

Zagallo acredita que “atualmente as emissões devem ter aumentado, em face da retomada da produção de pelotas de ferro pela Vale, que esteve parada de 2009 a 1017″.

O outro lado

A Agência Tambor entrou em contato com a Alumar, Vale e Eneva, via e-mail. As três empresas responderam. Confira abaixo a posição delas.

Nota da Vale diante do gravíssimo problema:

“As notificações estão sendo analisadas e as empresas apresentarão dentro do prazo toda a documentação solicitada, demonstrando o cumprimento dos padrões e requisitos ambientais previstos nas licenças. Em relação à estação de monitoramento do ar, informamos que o equipamento vandalizado será substituído por um novo. As empresas reiteram seu compromisso com uma atuação ambiental sustentável, com o estrito cumprimento da legislação e melhores práticas ambientais”.

Nota da Eneva diante do gravíssimo problema:

A Eneva esclarece que a usina térmica de Itaqui não está operando, ou seja, está parada sem gerar energia. Por este motivo, não há registro de emissões de gases da unidade.

A companhia ressalta que segue todas as premissas determinadas por órgãos públicos de fiscalização e de controle ambiental, obedecendo todos os limites legais estabelecidos. Todos os ativos possuem monitoramento em tempo integral das emissões diretas durante a geração de energia e de qualidade do ar, sendo constantemente avaliados e apresentados aos órgãos ambientais responsáveis.

Nota da Alumar diante do gravíssimo problema:

A Alumar informa que adota os controles ambientais exigidos pela legislação para a sua operação. A emissão de dióxido de enxofre atende aos parâmetros de manutenção da qualidade do ar, com reportes periódicos aos órgãos competentes.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Guilherme Zagallo )

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