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Construtora ameaça vida de comunidades na Raposa

O Conselho Indigenista Missionário, ligado à Igreja Católica, está denunciando, publicamente, uma ação da empresa Canopus no município da Raposa, na Ilha de São Luís.

De acordo com a denúncia, a empresa de construção civil obteve uma decisão liminar na Justiça que autoriza uma obra responsável pelo despejo de esgoto que impacta gravemente as comunidades de Cumbique e Itapeua, onde vivem ribeirinhos e o povo originário Tremembé.

Segundo os moradores, o esgoto do condomínio Village Por do Sol , obra da Canopus, vem sendo despejado no manguezal e no igarapé afluente do rio Paciência, próximo às comunidades.

O Jornal Tambor de sexta-feira (14/02) entrevistou Rosa Tremembé, moradora da comunidade atingida.

(Veja, ao final deste texto, o Jornal Tambor com a íntegra da entrevista de Rosa Tremembé)

Rosa falou sobre os impactos ambientais e sociais que a empresa vem causando desde do início das obras do condomínio, na região. Para ela, a Canopus vem “gerando crime ambiental e social”.

“Lembrando que a canopus não tem licença para construir em nosso território. Muitas famílias estão sendo atingidas. O que queremos é que o poder público olhe pra gente e impeça que a empresa destrua ainda mais a nossa casa, nosso modo de vida”, esclareceu a moradora.

Conforme a denúncia, o igarapé é ponto de coleta de pesca para a alimentação e subsistência do povo.

Os moradores afetados pela construção do empreendimento estão mobilizados para impedir a instalação no território.

“Convocamos os nossos aliados para somarem com a gente nessa luta contra esse crime que está prejudicando a natureza e nossa gente”, completou a militante.

Em relação a demarcação do território afetado pela empresa, o processo segue em tramitação no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

O outro lado

A Agência Tambor já tentou, no ano passado, ouvir a empresa Canopus, sobre problemas vividos pelas comunidades da Raposa.

Voltamos a buscar contato com a Canopus para saber a versão da empresa sobre estas novas denúncias, que chegam à Agência Tambor através das comunidades atingidas.

Assim que a empresa se pronunciar atualizaremos esta matéria.

A nossa equipe também entrou em contato com a SEMA sobre a ausência de licenças ambientais em relação a obra do condomínio.

Quando o órgão pronunciar o texto será atualizado imediatamente.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Rosa Tremembé)

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