Skip to main content

“Vários caciques estão marcados de morte”, diz indígena Guajajara

Giovana Kury, da Agência Tambor

11/12/2019

Invasões, ameaças e ataques a terras e lideranças indígenas continuam acontecendo constantemente no Maranhão. “Tem comunidades em que, de vez em quando, [invasores] aparecem encapuzados metendo medo nos caciques. Vários caciques estão marcados de morte“, declarou a membro da Pastoral Indigenista da Diocese de Grajaú, Maria de Jesus Guajajara, em entrevista à Agência Tambor.

Leia também: Serrarias no Maranhão são cúmplices de crimes contra indígenas

Segundo ela, as terras indígenas em questão ficam próximas ao município de Grajaú – limítrofe de Jenipapo dos Vieiras, onde dois guajajaras foram assassinados no último sábado (7). Além das ameaças a lideranças, Maria de Jesus relata invasões de caçadores, madeireiros e pescadores.

“As terras todas que pertencem à nossa diocese [Diocese de Grajaú] estão em uma situação muito difícil. Muitas invasões e várias instâncias. (…) Se não tiver acompanhamento aos indígenas nessa terra, dá no que está acontecendo em Arariboia“, contou.

Força Nacional

No último sábado (7), os caciques Firmino Prexede Guajajara, de 45 anos, e Raimundo Benício Guajajara, de 38 anos foram assassinados na Terra Indígena Cana Brava, no município de Jenipapo dos Vieiras do Maranhão. De imediato, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, enviou a Força Nacional ao estado para atuar na segurança da população indígena.

Os militares, entretanto, foram enviados somente para Cana Brava – deixando outras áreas que também enfrentam conflitos de terra sem a devida fiscalização. Uma delas é o Território Indígena de Arariboia, onde o indígena Paulo Paulino Guajajara foi assassinado no dia 1º de novembro deste ano.

Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments

0
Would love your thoughts, please comment.x

Acesso Rápido

Mais buscados