Foto: Joel foi assassinado! Carlos Brandão é cobrado publicamente pelos Fóruns e Redes Por conta de conflito de terras, o trabalhador rural Joel Roque Martins Dutra foi vítima de um atentado à bala no dia 10 de dezembro de 2023. Após mais de três meses hospitalizados, ele morreu ontem, dia 1º de abril.
O crime ocorreu no município de Arari, dentro da casa onde Joel vivia, no povoado Flexeiras. Ele era membro da Coordenação Estadual dos FRC – Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão e foi atacado pelas costas.
Os Fóruns e Redes lançaram uma Nota Pública, tratando do assassinato. No texto eles cobram o governador Carlos Brandão, o mesmo que sancionou recentemente a Lei da Grilagem
Segundo a Nota da organização social, “o governador Carlos Brandão “mais uma vez tem suas mãos manchadas de sangue camponês”.
A Nota lembra que “nos últimos quatro anos, apenas em Arari, seis camponeses foram assassinados, vítima de “atentos à bala”, mortos por “pistoleiros a mando do latifúndio”.
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Além da trágica morte de Joel, tem outro fato concreto. Em Arari existe um processo brutal, um conflito fundiário, com sucessivos crimes que estão sendo absurdamente naturalizados.
(Veja, abaixo, a Nota dos Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão)
MORRE UM COMBATENTE!
Camponês é assassinado na Baixada Maranhense.
Faleceu hoje, o camponês JOEL ROQUE MARTINS DUTRA, 51. anos, destacado militante social e membro da Coordenação Estadual dos FRC – Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão.
Morava com sua família no Povoado Flexeiras, Município de Arari, na Baixada Maranhense.
Joel, sofreu um atentado à bala na noite do dia 10 de dezembro de 2023, por volta das 21:00 horas, na cozinha da sua residência, logo após o jantar. Pistoleiros desferiram um tiro de arma de fogo de grosso calibre nas suas costas, não lhe possibilitando nenhuma defesa.
Desde então, devido aos graves ferimentos, encontrava-se sob os cuidados médicos, vindo a falecer nesta tarde.
Joel sofreu todas as perseguições, seja dos latifundiários, da polícia, do governo ou do ministério público. Foi taxado pelos seus inimigos de classe de bandido, de pertencer a uma organização criminosa.
No ano de 2020, juntamente com outros camponeses, teve sua residência invadida na madruga pelos cães de guarda do latifúndio. Ficou por meses preso. Quando saiu da prisão, lutou com mais terminação e esperança.
Um rastro de sangue em Arari.
Em 4 anos, apenas neste município e contra militantes do movimento popular FRC, já foram 8 atentos à bala contra lideranças camponeses por pistoleiros a mando do latifúndio, deixando 6 mortos.
Crimes inúmeras vezes denunciados aos órgãos do estado e a organismos internacionais, como a Organizações das Nações Unidas – ONU. Crimes que seguem impunes, mandantes e executores continuam soltos.
O Maranhão é terra ensopada de sangue camponês, quilombola, indígena, quebradeiras de coco e lavradores. Ainda assim, nos últimos anos, milhares de camponeses de todo o Maranhão tem se levantado em lutas em defesa dos seus territórios.
As comunidades de Arari, articuladas pelo movimento popular FRC, travam uma justa luta para libertar os campos alagados (terras públicas), das cercas e dos búfalos, bem como, reconhecer esses territórios para neles morar, trabalhar e viver. Isso, provocou a ira dos ditos poderosos!
O governador Carlos Brandão, mais uma vez tem suas mãos manchadas de sangue camponês.
(Publicado no dia 1º de abril de 2024 e divulgado pelos Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão em várias redes sociais)
Meus sentimentos aos familiares e a classe trabalhadora . É uma indignação total ver acontecer crimes bárbaros assim com um trabalhador rural, é preciso por um ponto final nestes assassinatos ,que a justiça seja feita prendendo os mandantes e os assassinos com mais rigor.E a posse dá terra para quem trabalha e mora.