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Professores da UEMA dizem que Maranhão tem dinheiro para pagar melhores salários

Foto: Divulgação

A greve das Universidades Estaduais do Maranhão, UEMA e UEMASUL, já dura mais de 50 dias.

Desde agosto de 2023, os professores e professoras reivindicam melhores salários dignos e condições de trabalho.

A categoria alega que o governo do Maranhão tem recurso financeiro suficiente para pagar os docentes.

A gestão de Carlos Brandão pediu que os grevistas aguardassem uma posição sobre o reajuste até o dia 30 de outubro.

A greve recebeu o apoio de toda a comunidade acadêmica. Principalmente dos alunos e alunas, que fizeram inclusive uma ocupação na instituição para reivindicar melhorias estruturais nas universidades.

Para falar sobre essa questão, o Jornal Tambor de quarta-feira (18/10) entrevistou os professores Carlos Saturnino e João Coelho

Leia também: Greve! Estudantes apoiam professores da UEMA e UEMASUL

(Veja, ao final deste texto, a íntegra do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Carlos Saturnino e João Coelho)

De acordo com os docentes, “o Maranhão dispõe de ampla margem para aumentar suas despesas de pessoal”.

Eles afirmaram que no Relatório de Gestão Fiscal de janeiro a agosto deste ano, as despesas de pessoal corresponderam a apenas 35,63% da Receita Corrente Líquida (RCL). O que é 13% abaixo do limite emergencial e 11% abaixo do limite prudencial.

Para o professor Saturnino, o governo do estado precisa se posicionar urgentemente em relação à greve das universidades estaduais, porque quem perde é a sociedade.

Ao final da entrevista, Coelho reforçou que entre os dias 20 e 22 de outubro será realizado o XIX Encontro do Setor das Estaduais e Municipais (Iess/Imes).

O evento acontecerá na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), em São Luís (MA).

Este ano terá como debate o tema “Em defesa da educação pública: a luta pela recomposição salarial e orçamento nas universidades estaduais e municipais”.

Confira a programação do evento:

Sexta-feira (20)
16h – Credenciamento
18h – Mesa de abertura
19h – Painel das seções sindicais sobre as perdas salariais e condições de trabalho.

Sábado (21)
9h – Mesa: Apresentação dos resultados parciais da pesquisa sobre o financiamento das Iees/Imes
10h30 – Mesa: Arcabouço fiscal, dívidas dos estados, renúncia fiscal e financiamento das Iees/Imes
12h30 – Almoço
14h – Mesa: Autonomia, Financiamento e Direitos
16h30 – Intervalo
17h – Mesa: Condições de trabalho e saúde docente e combate ao assédio moral e sexual nas Iees/Imes
20h – Atividade cultural

Domingo (22)
9h – Plenária final: Discussão das resoluções do 41º Congresso do ANDES-SN e 66º Conad e proposição de novos encaminhamentos para o 42º Congresso do ANDES-SN

Outro lado

A Agência Tambor enviou e-mail para a Secretaria de Comunicação do Governo do Estado, para saber a posição sobre a greve e suas reivindicações.

Recebemos a nota abaixo:

“O Governo do Estado, por meio de comitê formado pelas secretarias de Monitoramento de Ações Governamentais (Semag), de Administração (Sead), Planejamento (Seplan) e Transparência e Controle (STC) tem realizado rodadas de negociações e esclarecido aos grevistas o atual quadro nacional de queda de repasses que compromete o equilíbrio fiscal das unidades federativas e gera um cenário de contingenciamento de despesas.

O Governo do Maranhão informa que permanece aberto ao diálogo com os docentes das universidades Estadual do Maranhão (UEMA) e Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul) e continua em negociação com a categoria. Desde o início do movimento, diversas reuniões já foram realizadas para discutir a pauta do reajuste salarial, dentro dos limites orçamentários e das exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Sobre as aulas, tão logo o movimento seja encerrado, será elaborada uma recomposição do calendário letivo”.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Carlos Saturnino e João Coelho)

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