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Presidente da CUT fala sobre combate ao trabalho precarizado e união das centrais

Congresso da CUT no Maranhão.

O presidente reeleito da Central Única dos Trabalhadores (CUT), no Maranhão, Manoel Lages, enfatizou que um dos grandes desafios do movimento sindical é garantir proteção aos trabalhadores que estão à margem da legislação, sem carteira assinada, com empregos precários, como é o caso dos trabalhadores de plataformas digitais, de aplicativos.  

 “Precisamos organizar esses trabalhadores em sindicatos fortes, para lutarmos por suas demandas”, defendeu Manoel Lages

O sindicalista foi reconduzido ao cargo de presidente da CUT/MA, por aclamação, no  14° Congresso Estadual da CUT (Cecut), realizado em São Luís, de 28 a 30 de julho de 2023, com o tema “Luta, Direitos e Democracia que Transformam Vidas!”.

Sobre o trabalho precarizado, Lajes disse que “são trabalhadores que não tem hora, nem dia para trabalhar. Os acidentes de trabalho são muitos e o abandono e o desamparo muito grande”.

 Manoel Lages  assinalou “ser premente combater essa ‘uberização” do trabalho no Brasil”, a precarização das relações de trabalho que só aumenta no país. 

Manoel Lages presidente da CUT-MA

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) havia 1,8 milhão de terceirizados formais no Brasil, em 1995.

Esse número, 2014, chegou a 12,5 milhões e hoje ultrapassam mais 20 milhões de brasileiros em condições precárias de trabalho. 

Manoel Lages ainda ressaltou que outras pautas como a valorização do trabalho, aumento real do salário mínimo, o fortalecimento do movimento sindical e a valorização das negociações coletivas são também prioritárias.  

No Maranhão, o sindicalista revelou que uma das prioridades é a capacitação da classe trabalhadora. 

Ele enfatizou que sem qualificação resta aos maranhenses poucos postos de trabalhos e os piores salários”. 

O sindicalista também refletiu que, nesse novo momento em que vive o país, é necessário criar uma sinergia entre as mais variadas centrais sindicais e estabelecer uma agenda unificada da classe trabalhadora.    

“Unidos somos mais fortes. Precisamos de sindicatos fortalecidos para em numa mesa de negociação, com os empresários, haja mais força por parte dos trabalhadores e das trabalhadoras. Os primeiros passos já foram tomados nesse sentido com um diálogo entre as centrais sindicais”, informou.

Congresso

O presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre, em documento de apresentação do Congresso Nacional da CUT refletiu que “a vitória do projeto democrático-popular e a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente do país representaram uma inflexão na nossa história”.  

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Segundo ele, “foram derrotados a coligação de forças da extrema direita e o projeto político autoritário implementado nos últimos quatro anos, de retrocesso civilizatório e contínuos ataques à democracia, de disseminação do ódio e da violência contra a esquerda, de ofensiva contra os sindicatos e retirada de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”.  

É com esse sentimento e reflexão que o 14º Congresso Nacional da CUT – “Luta, direitos e democracia que transformam vidas”, acontece em um dos mais importantes momentos da história da classe trabalhadora brasileira, e celebra os 40 anos de existência e de luta em defesa dos trabalhadores e das trabalhadoras.  

O 14° CONCUT será realizado entre os dias 19 e 22 de outubro, em São Paulo.

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