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Maranhão precisa combater violência de gênero

Da Agência Tambor
Por Danielle Louise
29/01/2020

O caso do feminicídio de Bruna Lícia, em São Luís, levantou um importante debate sobre o assassinato de uma mulher e como a sociedade naturaliza o crime, culpabilizando a vítima.

As professoras Neuzeli Maria de Almeida Pinto e Katiuscia da Costa Pinheiro foram as entrevistadas do Radiojornal Tambor, desta terça-feira (28), para discutir a temática e chamar atenção sobre a violência de gênero, que é perpetuada não apenas com o feminicídio, mas com a cultura machista existente.

Durante o podcast, as entrevistadas denunciaram a maneira como imprensa maranhense pautou o assunto, romatizando o crime, culpabilizando a vítima pelo seu próprio assassinato.

Katiuscia da Costa destacou o papel dos veículos de comunicação na narrativa dos feminicídios. E disse que é importante tratem esses crimes de forma responsável. “Os cursos de formação desses profissionais precisam ter um compromisso com a luta antirracista, antipatriarcal e com a luta anti homofóbica. Esse é um compromisso político”.

A professora Neuzeli Maria ressaltou que as pessoas precisam tomar consciência da realidade da violência que a mulher, em especial a maranhense, sofre.

“Precisamos tomar consciência e ver a dor do outro, abraçar essas causas”, disse ela. “O movimento de mulheres, o feminismo, está buscando essa socialização e ver esse outro de forma mais positiva, acolhendo a mulher”. Destacou a professora falando que o feminismo é importante para assegurar os direitos das mulheres. “A luta pelo nosso direito de ir e vir, pelo trabalho, não é de agora. Sem luta não vamos conseguir nada”, frisou.

Apesar da conquista de vários direitos para as mulheres ao longo do tempo, Neuzeli Maria também redsaltou  tambcomo atualmente há grandes retrocessos no combate a violência de gênero. No Maranhão, o feminicídio obteve um aumento significativo e os números geram alerta da conjuntura atual. “Esses números significam que a sociedade maranhense está matando as mulheres. Que não temos o direito de viver”, enfatizou.

As entrevistadas apontaram que a mulher precisa ser ouvida. Segundo elas, a imprensa precisa ser responsável na narrativa dos crimes de gênero, assim como as pessoas precisam refletir como perpetuam a cultura do ódio, a cultura machista. “A imprensa tem de ter consciência na representação que têm dentro desses valores e ideias em relação às mulheres”, ponderou Neuzeli Maria.

Ouça a entrevista completa em nosso TamborCast:

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