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Greve na UEMA e UEMASUL – Sindicato cobra governo através de nota pública

Foto: Divulgação

Depois de mais de um mês de greve nas universidades estaduais do Maranhão, sem que o governo aponte caminhos reais de negociação, e após o movimento docente ter de recorrer ao Ministério Público Estadual para que faça a interlocução com um estático governo estadual, o SINDUEMA Seção Sindical do Andes Sindicato Nacional, entidade que legitimamente representa os docentes da UEMA E UEMASUL, vem esclarecer que:

1. Ao contrário das poucas vezes em que o Governador se pronunciou sobre a questão ao ser pressionado pela imprensa, de que estaria “dialogando”, o Sindicato reafirma: não é verdade que “o Governo permanece aberto ao diálogo”.

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Quem sempre buscou o Governo Brandão para tratar da pauta urgente às universidades estaduais fomos nós, os docentes, através de nosso Sindicato legitimamente constituído. E isso bem antes da greve (à qual foram empurrados em razão da forma como sua pauta foi completamente ignorada), como já por vezes esclarecido à imprensa e à sociedade maranhense. O que o Governo do Estado chama de diálogo foram:

1 reunião com a secretaria da Casa Civil, secretaria de Orçamento e Secretaria de Gestão (SEGEP), e 2 reuniões na Secretaria de Gestão. Nestas reuniões o governo informou que não tinha posição sobre a pauta da greve docente. O SINDUEMA considera tais reuniões improdutivas por não apontarem encaminhamentos e soluções, sem o Governo esforçar-se em apresentar contraproposta. Reiteramos:Uma vez que o Governo apresente contraproposta consideraremos abertas as negociações para o fim da greve.

2. Além do silêncio desrespeitoso em torno das negociações – que mostra como a questão da Educação é tratada por esse governo – tentar diminuir (para sufocar) a importância de um movimento que finalmente levou a sociedade maranhense a discutir a relevância de seu patrimônio representado pela UEMA e pela UEMASUL é reforçar tal desrespeito, dessa vez em relação ao corpo docente, um dos principais agentes interessados na construção de uma universidade pública que seja realmente motivo de orgulho a todos e todas nós.

Assim, não é verdade, como atesta a força do nosso movimento, que a greve esteja restrita a poucas unidades da UEMA e da UEMASUL, como começa a ventilar o governo em suas respostas à imprensa.

Sobre os campi paralisados: estão 100% em greve grandes campi nas duas universidades, como Açailândia, Santa Inês, Balsas, Estreito, além de quase todas as unidades em Imperatriz e Caxias. Cursos que estão 100% paralisados atingem as aulas em outros departamentos, como é o caso da Pedagogia em Timon, que impacta também os cursos de Administração, Letras e Ciências Contábeis. Em São Luís, há adesão de quase 80%. Não é verdade, portanto, como quer faze crer o governo, que a greve atinge menos da metade das universidades. A adesão à greve é histórica porque os professores sabem que as condições salariais e de trabalho nas duas Instituições de Ensino Superior são precárias.

3. Por fim, reiteramos que o movimento dos professores e professoras da UEMA e da UEMASUL, que conta com adesão e apoio da sociedade maranhense e de grande parte de estudantes e demais envolvidos no dia a dia destas respeitadas universidades, bem como de instituições e pesquisadores de renome em todo o país, segue à disposição tanto para o efetivo diálogo com o governo que nos aponte soluções ao que consta em nossa pauta de reivindicações, bem como aos esclarecimentos que os órgãos de imprensa e toda a sociedade maranhense julgarem necessários.

Até a vitória da Educação no Maranhão!

São Luís, 26 de setembro de 2023

SINDUEMA – Sindicato dos Docentes das Universidades Estaduais do Maranhão – Seção Sindical do Andes – Sindicato Nacional

A palavra do governo de Carlos Brandão

A Agência Tambor entrou em contato com a Secretaria de Comunicação do Estado, perguntando sobre a posição do governo diante da nota e da greve.

Vejam abaixo a resposta:

O Governo do Maranhão informa que permanece aberto ao diálogo com os docentes da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul). Desde o início do movimento, diversas reuniões já foram realizadas para discutir a pauta do reajuste salarial, dentro dos limites orçamentários e das exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal. O Governo tem esclarecido aos grevistas o atual quadro nacional de queda de repasses que compromete o equilíbrio fiscal das unidades federativas e gera um cenário de contingenciamento de despesas.

Aulas
Atualmente 55% dos campi da UEMA estão com aulas normais e outros 20% tiveram as aulas parcialmente afetadas, em todo o Maranhão. Tão logo o movimento seja encerrado, será elaborada uma recomposição do calendário letivo.

Atenciosamente,

Núcleo de Atendimento à Imprensa
SECOM-MA

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