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Denúncia grave! Agronegócio promove queimadas em terras indígenas

Foto: Reprodução.

O Conselho Indigenista Missionário do Maranhão (CIMI/MA) está denunciando os incêndios que vem ocorrendo em Territórios Indígenas (TI) do estado.

A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público Federal, à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e à Defensoria Pública da União, dentre outros órgãos e instituições.

Os incêndios vêm atingindo principalmente a Terra Indígena (TI) Porquinhos e Araribóia, no Sul do Maranhão, provocando um cenário de medo, de destruição da floresta e a morte dos animais dos povos indígenas.

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“Infelizmente essas queimadas são recorrentes no Maranhão. Todos os anos acontecem. Geralmente são queimadas criminosas, provocadas por empresas do agronegócio da soja e do milho, por latifundiários, por criadores de gado que fazem grandes queimadas para a criação de pastos e por pequenos posseiros”, relatou Hemerson Pereira, missionário do CIMI-MA e um dos articuladores da Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão.

Hemerson ressaltou que diante desse triste cenário, o CIMI tem adotado uma série de medidas para apoiar os povos indígenas, para que as devidas medidas cabíveis e legais sejam adotadas, para defender os direitos dos povos originários sobre os seus territórios.

Hemerson, que também integrante do Grupo de Estudos Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), relata que associada a essas queimadas há todo um circuito, uma cadeia econômica vinculada ao agronegócio.

“Na TI Porquinhos, por exemplo, os brigadistas que foram combater esses incêndios criminosos encontraram roças de não indígenas, desmatamento, áreas cercadas, madeiras em forma de estacas. Toda uma cadeia econômica que se utiliza das queimadas para invadir os territórios indígenas”, revelou.

Ele acrescenta que, no Sul do Maranhão, o povo Guajajara vem denunciando que o fogo vai adentrando, cada vez mais na TI Araribóia, chegando cada vez mais perto dos Awá Guajá isolados na região.

Os povos indígenas clamam ao Estado que intervenha nessa situação, uma vez que é também dever do poder público a garantia de preservação das florestas.

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