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Ciro Gomes é acusado de desonestidade intelectual e covardia

O assunto é grave! O Jornal Tambor dessa segunda feira (12) falou de Ciro Gomes, da forma como seu discurso vem sendo utilizado em favor da campanha de Jair Bolsoraro, candidato da extrema direita. Debateram o assunto o jornalista Emilio Azevedo e o professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) Ed Wilson Araújo, mestre e doutor em Comunicação.

(Veja, ao final desse texto, a íntegra do Jornal Tambor, com as falas de Emilio e Ed Wilson)

Esse discurso de Ciro começou a ser tratado nos últimos dias por muita gente no Brasil, em órgãos de imprensa, por lideranças sociais, provocando insatisfação inclusive entre apoiadores do referido candidato. Um dos ganchos para o debate na Tambor foi a fala do professor e ex-senador Cristóvão Buarque, dizendo que “Ciro Gomes torce pela vitória de Bolsonaro”.

Ciro Gomes foi cobrado no veículo de comunicação maranhense pela forma como trata a atual conjuntura, quando naturaliza a presença de uma extrema direita hedionda. Ao falar de política, o candidato enfatiza o tipo de relação que costuma acontecer entre Executivo e Legislativo no Brasil, nivelando a frente que reuniu dez partidos em torno da chapa Lula-Alckimin, com o projeto de poder dos herdeiros de Ustra.

Jair Bolsonaro é notoriamente uma ameaça à democracia. Ao insistir no discurso do “rigorosamente igual”, o ainda candidato do PDT ignora o avanço de uma força social profundamente violenta, que viola os direitos humanos, se organiza em milícias, com poderosos charlatões religiosos, distribuindo armas, matando no campo e na cidade, comprometendo o estado laico, cortando violentamente investimentos sociais, liquidando a educação pública, perseguindo a cultura, atacando as instituições e indo as ruas (sem qualquer pudor) pedir a volta da ditatura.

E diante da sequência de assassinatos que vem ocorrendo no Brasil, praticados por pessoas evidentemente ligadas a extrema direita bolsonarista, Ciro Gomes culpa as vítimas, dizendo que o grupo alinhado a democracia também é responsável pela violência. Ciro chegou a dizer que “Deus nos livre de uma guerra civil entre os dois lados”, quando ele sabe que entre os dez partidos que integram a coligação da chapa Lula-Alckmin não tem um único canivete.

Por tudo isso, ao se referir ao discurso do atual candidato a presidente, o jornalista Emilio Azevedo disse que “Ciro Gomes é intelectualmente desonesto e covarde”. Em sua crítica, Emilio fez questão de separar o candidato do partido onde ele está hoje, o PDT. O jornalista enfatizou a relevante história pedetista, lembrando com o máximo respeito as figuras de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Abdias Nascimento, Lisaneas Maciel, Neiva Moreira (de quem era amigo), fundadores dessa organização partidária, todos perseguidos pela ditadura implantada no Brasil em 1964. Emilio disse que a postura de Ciro em relação a essa história “é covarde”.

E Ciro se enrola ao tentar falar de corrupção. No momento em que Bolsonaro, seus filhos e sua família são denunciados pela compra de mais de 50 imóveis em dinheiro vivo, Ciro foi para um programa de TV ultraconservador dizer que “Lula tem filho ladrão”. Isso a menos de um mês para a eleição! O candidato está sendo formalmente questionado pela evidente calúnia. Mas a campanha da turma de Ustra pôde usar os vídeos em suas milícias digitais.

É natural que muita gente considere inaceitável que um candidato que se diz democrata, que se diz honesto, se comporte como viúva da desmoralizada Lava Jato, contribuindo com um candidato que não permite investigação, que institucionalizou o orçamento secreto, envolvido com Fábricio Queiroz e Adriano Nóbrega.

Os hediondos de ontem e de hoje

Antes do debate entre Emilio e Ed Wilson, o Jornal Tambor lembrou quem foi o coronel do Carlos Alberto Brilhante, um torturador, assassino, condenado por seus crimes, barbaridades e imensurável covardia. Os casos de tortura envolviam crianças e mulheres grávidas, que também foram estupradas. Esse mesmo Ustra é cultuado por Bolsonaro e seu filhos, tratado como “um herói nacional”. O Jornal Tambor mostrou o voto de Bolsonaro na Câmara, na sessão que cassou Dilma Roussef, quando prestou homenagem ao militar, que antes de falecer foi condenado por seus crimes.

Além a relação de Ustra com o projeto de poder de Bolsonaro, o Jornal Tambor também prestou homenagem para algumas vítimas de assassinatos políticos, crimes praticados por gente da extrema direita bolsonarista, caso de Marielle Franco (Rio de Janeiro), Janildo Guajajara (Maranhão), Moa do Katendê (Bahia), Marcelo Arruda (Paraná), Bruno Pereira (Amazonas), Edvaldo Pereira Rocha (Maranhão), Benedito dos Santos (Mato Grosso), Dom Phillips (Amazonas), José Francisco Lopes Rodrigues (Maranhão) e Anderson Gomes (Rio de Janeiro).

(Veja abaixo, em nosso canal do Youtube, o Jornal Tambor com a entrevista completa de Emilio Azevedo e Ed.Wilson Araújo) 👇🏿👇👇🏾

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