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Impunidade e racismo! Aumenta o assassinato de indígenas no Maranhão

Janildo Oliveira Guajajara e Jael Carlos Miranda Guajajara foram mortos na região da Terra Indígena Arariboia, no Maranhão

No município de Amarante (MA), Janildo Oliveira Guajajara foi assassinado com tiros nas costas, Jael Carlos Miranda Guajajara, de 34 anos, foi morto em Arame (MA) e Antônio Cafeteiro Sousa Silva Guajajara morto com seis tiros, na madrugada do domingo (11/09), na estrada do povoado Jibóia, também em Arame. Tragédias! São três vidas interrompidas.

O Jornal Tambor dessa terça-feira (13/09) entrevistou Meire Diniz, missionária do Conselho Indigenista Missionário no Maranhão (Cimi-MA), uma das articuladoras da Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão, graduada em Ciências Sociais pela UFMA, Meire Diniz. Ela falou sobre a escalada de violência, contra a vida dos povos indígenas, no Maranhão.

(Veja, ao final desse texto, a edição do Jornal Tambor, com a entrevista de Meire Diniz)

Meire revelou, sobre os assassinatos na região, que vários casos nunca foram julgados, contribuindo para a violência. “Nessa escalada de impunidades, de várias décadas, contra povos indígenas, os agressores nunca são punidos e nem levados a julgamento”.

A militante disse que a relação de povos indígenas com aqueles não indígenas sempre foi “difícil” e que é preciso que haja mais respeito com as vidas desses povos. “A vida dos indígenas não importam? Nem os animais merecem morrer dessa forma”, ressaltou Meire.

Em relação aos três casos recentes, apenas dois deles foi feito o Boletim de Ocorrência (B.O). Já em relação ao assassinato do Antônio Guajajara, até o momento Meire não tem informação sobre investigações.

Segundo a missionária, é possível que os crimes tenham sido motivados devido ao avanço da exploração ilegal de madeira na Terra Indígena Araribóia. Além disso, ela falou da questão do “racismo estrutural” e a presença forte de latifundiários no território.

Meire reforçou ainda que é urgente que o Estado investigue esses crimes de forma efetiva, visando a proteção dessas comunidades e territórios. Ela ressaltou que é importante não naturalizar a violência. “As vidas indígenas importam. Precisamos tecer uma relação com os povos com mais respeito e cuidado para uma sociedade justa”, completou.

(Veja abaixo, em nosso canal do Youtube, o Jornal Tambor com a entrevista completa de Meire Diniz) 👇🏾👇👇🏿

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