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Lesbofobia em Maranhãozinho! Sociedade exige justiça por Ana Caroline

Movimentos sociais e instituições LGBTQ+ convocaram protestos na última terça (19) para pedir justiça pelo assassinato de Ana Caroline Sousa Campêlo, vítima de lesbofobia em Maranhãozinho, interior do Maranhão.

Os atos aconteceram em São Luís, São Paulo e Rio de Janeiro. Estiveram envolvidos na realização dos atos a deputada federal Sâmia Bonfim, o Movimento de Mulheres Olga Benário, o Instituto Brasileiro de Lésbicas, o Fórum De ONGs LGBT+ no Maranhão, e o Conselho LGBT+ Estadual do Maranhão.

Leia também: Evento trata do enfrentamento a LGBTfobia

Ana Caroline, de 21 anos, era lésbica e havia se mudado para Maranhãozinho para morar com a namorada. No dia 10 de dezembro ela foi sequestrada enquanto voltava do trabalho e seu tio, não identificado, encontrou a bicicleta e o celular da vítima em uma calçada perto de sua casa.

Ana teve a pele do rosto, o couro cabeludo, os olhos e orelhas brutalmente arrancados e o crime causou repúdio a nível nacional pela crueldade.

No dia do desaparecimento, uma mulher não identificada, vizinha de Carol, declarou em depoimento à polícia que ouviu uma mulher chorando perto de um homem em uma moto.

Ela chegou a averiguar a situação com uma lanterna, mas o homem obrigou a vítima a subir na garupa da moto antes de ser reconhecido e seguiu caminho por uma estrada que dá acesso ao povoado de Cachimbós, próximo de Maranhãozinho, onde o corpo foi encontrado.

Rosana Lima, coordenadora do Fórum de ONGs LGBT do Maranhão, declarou que a organização e os movimentos sociais estão trabalhando com a Secretaria de Segurança Pública para acompanhar o caso.

“Nenhum ser humano merece morrer dessa forma tão violenta. Queremos justiça. Tem que ser investigado, não pode ficar algo impune”, contou a ativista.

A morte de Carol é mais uma na pilha de assassinatos brutais de pessoas LGBTQIA+ no Maranhão. Em abril deste ano, o corpo da travesti Bruna Brasil foi encontrado em um matagal em Porto Franco, no sul do Maranhão. Em julho a Polícia Civil cumpriu mandado de prisão temporária de um suspeito, mas desde então o caso não teve desfecho.

“Sobre o caso da Bruna, até o momento o Fórum não tem nenhuma atualização. Os casos de 2023 foram discutidos na Assembleia Ordinária do Fórum, que aconteceu no dia 16 deste mês. A sociedade maranhense e as famílias precisam dessas respostas. O Fórum está se organizando para cobrar todos os casos sem solução”, apontou Rosana.

Ricardo Lima, coordenador Estadual de Promoção de Direitos a Pessoas LGBT da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), conta que a instituição pediu prioridade nas investigações e que a família está sendo acompanhada.

“Marcamos reunião com o secretário de Segurança Pública. A família também está sendo acompanhada, falei com a mãe e a esposa da vítima. Elas estão sendo acompanhadas pelo Centro Estadual de Apoio a Vítimas, tem suporte psicossocial e jurídico nesse momento”, diz Ricardo.

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