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Justiça Climática! Gamella diz que Marco Temporal no Brasil seria prejuízo para humanidade

Kum’Tum Akroá Gamella | Foto: Reprodução

A tese do Marco Temporal voltou a ser julgada no dia 30 de agosto no Supremo Tribunal Federal (STF). Para os povos indígenas de todo o país, a tese é vista como “o julgamento do século”.

A retomada da análise do texto no STF é mais uma etapa de um processo que já se estende desde 2021. O Marco Temporal afirma que os povos indígenas só teriam direito a reivindicar terras ocupadas em 1988, quando foi promulgada a Constituição Federal.

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O texto coloca em risco demarcações de terras indígenas, deixando em insegurança povos originários, inclusive os que já tiveram seus territórios formalmente reconhecidos.

Para falar sobre essa questão o Jornal Tambor de terça-feira (29/08) entrevistou Kum’Tum Akroá Gamella. Ele faz parte do povo Akroá Gamella e é um dos vários tecedores da Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão.

(Veja, ao final deste texto, a íntegra do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Kum’Tum Akroá Gamella.)

Kum’Tum começou falando sobre Justiça Climática e ressaltou que são os povos originários quem mais protege o meio ambiente. Sendo assim, garantir essas terras “é de interesse dos indígenas, do Brasil e de todas as pessoas que habitam o planeta”.

Ele enfatizou que “o Marco Temporal no Brasil seria prejuízo para humanidade”, emitindo uma opinião que hoje é compartilhada em várias partes do mundo.

Povos originários protestam contra Marco Temporal | Foto: Reprodução

Segundo Kum’Tum o Marco temporal é um verdadeiro retrocesso, provocando “um apagamento” da existência secular dos povos em seus territórios.

O indígena disse que se a tese for aprovada no STF comunidades inteiras sofrerão um genocidio. E destacou que no Maranhão todos os povos estão ameaçados.

Kum’Tum também lembrou da história do extermínio dos povos originários, com assassinatos de homens, sequestro e estupros de mulheres. Segundo ele, “hoje a bancada ruralista tenta legitimar toda essa história”.

Para Kum’Tum a não demarcação de terras indígenas contribui para a violência contra os povos. E afirmou “que tem que garantir o direito dos povos indígenas sobre as terras tradicionalmente ocupadas”.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Kum’Tum Akroá Gamella.)

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