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Chapadinha! Comunidade de assentamento denuncia ameaças e desmatamento 

Foto: Reprodução

A Agência Tambor recebeu a denúncia de que uma empresa de agronegócio tem ameaçado moradores do Assentamento PA Veredão, no município de Chapadinha/MA. 

Segundo a denúncia, cerca de 55 famílias vivem no território. Elas estariam lá há mais de 50 anos. 

De acordo com a denúncia, feita pelos próprios moradores, o conflito se iniciou após a chegada da empresa, que desde de 2022 tem alegando ser proprietário das terras.

Para falar sobre essa denúncia, o Jornal Tambor de quinta-feira (13/07) entrevistou Manoel do Nascimento Borges e Antônio de Araújo Matos.

 Eles são respectivamente o secretário agrícola e o presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais. 

Leia também: Comunidade rural vem sendo violentamente atacada em Urbano Santos 

A entrevista também contou com a participação do secretário de Políticas Agrárias da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Maranhão (FETAEM), Edimilson Costa, além de Raimundo Nonato, morador do assentamento PA Veredão.

(Veja, ao final deste texto, a edição completa do Jornal Tambor com as entrevistas)

Segundo Raimundo, a empresa teria destruído as plantações dos trabalhadores, com tratatores. Ele disse que cerca de 60% de uma área de Reserva Extrativista já foi destruída. 

O morador do assentamento  disse que em 2022 entrou com um pedido de urgência, no setor de conflitos Agrários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), mas sem sucesso.

Edimilson Costa ressaltou que a empresa está irregular no território. O secretário disse que a FETAEMA vem fazendo denúncias contra o empreendimento. “Uma empresa de outro estado invadiu e destruiu tudo aquilo que é sagrado para essas familias”, afirmou ele.

Antonio e Manoel alegaram que a comunidade tentou impedir a destruição de suas lavouras. No entanto, como consequência, foram ameaçados de expulsão pela empresa. 

“Ele chama os assentados de invasores, mas foi ele que invadiu. Não sei como ele adquiriu esse direito de desmatar uma área federal”, declarou Antônio.

Ainda segundo a denúncia, o empresário ameaçou chamar a polícia para retirar as famílias do assentamento. 

Ao final da entrevista, todos eles pediram ações urgentes do governo do Maranhão, do INCRA e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA). 

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com  entrevista completa de Manoel do Nascimento Borges, Antônio de Araújo Matos e Edimilson Costa)

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