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Comunidade rural vem sendo violentamente atacada em Urbano Santos 

Foto: Divulgação

A Agência Tambor recebeu uma denúncia da comunidade Jussaral, localizada no município de Urbano Santos-MA. No território vivem mais de 80 famílias, que tiram seu sustento do extrativismo e da agricultura familiar há mais de cem anos.

Os moradores expuseram que estão sendo ameaçados pela empresa Suzano Papel e Celulose há mais de 30 anos. Este conflito iniciou quando a empresa alegou ser dona das terras, onde está localizada a comunidade Jussaral.

Segundo a comunidade, recentemente outra empresa, do Rio Grande do Sul, chegou na região afirmando que também teria posse do território.

Para falar sobre essa grave denúncia, o Jornal Tambor de quarta-feira (12/07) ouviu Raimundo Rodrigues Viana, presidente da União de Moradores da comunidade Jussaral.

(Veja, ao final deste texto, a edição completa do Jornal Tambor com a entrevista de Raimundo Rodrigues Viana)

Raimundo Rodrigues expôs não ter conseguido registrar o Boletim de Ocorrência contra as empresas, na delegacia de Urbano Santos, pois “foi informado que nesse caso não se trata de conflitos”. Segundo ele, também disseram que “a delegacia de Urbano Santos não está fazendo registros dessa natureza”.

De acordo com o entrevistado, a empresa gaúcha chegou a oferecer para ele o valor de R$500 mil, em troca das terras. Raimundo não aceitou a quantia e, por conta disso, representantes do empreendimento o ameaçaram.

“Essa empresa gaúcha está ameaçando desmatar a área do extrativismo da comunidade”, relatou o presidente da União de Moradores. É uma área de aproximadamente dois mil hectares.

O líder comunitário destacou que com a seca dos riachos, após o cultivo de eucalipto na região, houve o desabastecimento de água na comunidade. E este foi um dos danos causados pela empresa Suzano, no território.

Raimundo alegou que a água está contaminada, devido ao uso de agrotóxico feito pela Suzano, em suas plantações. A falta de água tornou-se mais um grave problema.

Ao final da entrevista, ele cobrou ações legais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (ITERMA) e dos demais órgãos públicos municipal, estadual e federal. 

O outro lado

A Agência Tambor recebeu uma mensagem via e-mail da empresa Meotti Sementes. Vejam abaixo o conteúdo:

A empresa também fez contato conosco pelo Instagram. A Agência Tambor respondeu as duas mensagens (Instagram e e-mail) solicitando a versão da empresa. Seguimos no aguardo.

A Agência Tambor também entrou em contato com a empresa Suzano Papel e Celulose. 

Até o momento, não obtivemos resposta. Tão logo as empresas se pronunciem, nós registraremos suas posições diante da denúncia.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Raimundo Rodrigues Viana)

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