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Advogado fala da relação entre impunidade e violência no Maranhão

Foto: A ministra Sonia Guajajara e o advogado Luís Antônio Pedrosa

O novo governo brasileiro pretende inaugurar uma nova relação com os povos originários. O fato foi lembrado pelo advogado Luis Antônio Pedrosa, em entrevista concedida ao Jornal Tambor dessa quinta-feira (02/02).

E o Maranhão? Como as instituições do estado, os três poderes constituídos, vão lidar com essa nova conjuntura brasileira? Como o Maranhão vai lidar com suas velhas oligarquias rurais? Assassinas desde sempre? Na citada entrevista, Pedrosa reforçou a questão da impunidade. Um problema que em inúmeros municípios começa no boletim de ocorrência e segue em frente, na ação e omissão de quem tem muito mais poder que escrivão e delegado.

O Maranhão tem sido marcado pelo crescimento da violência rural, incluindo assassinatos de indígenas, quilombolas, trabalhadoras e trabalhadores rurais. Somente neste ano de 2023 foram registrados três assassinatos e duas tentativas de homicídios contra indígenas, na região da Terra Indígena (TI) Araribóia, a mesma Sônia Guajajara, hoje Ministra do governo Lula.

Para falar sobre os mais recentes casos de violência ocorridos no Maranhão, o Jornal Tambor desta quinta-feira (02/02) ouviu exatamente o advogado popular Luis Antonio Pedrosa, atual presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos do Maranhão.

(Veja, ao final desse texto, a edição do Jornal Tambor com entrevistou Luis Antonio Pedrosa)

Em janeiro deste ano de 2023, Raimundo Ribeiro da Silva, 57 anos, foi assassinado a tiros, na aldeia Abraão, TI Araribóia. Ainda em janeiro, no dia 09, dois indígenas, Benedito Gregório Soares Guajajara e Juninho Guajajara, foram baleados em uma tentativa de homicídio, na Aldeia Maranuí, entre as cidades de Arame e Grajaú. No mesmo mês, o corpo do indígena Valdemar Marciano Guajajara, de 45 anos, foi encontrado morto na cidade de Amarante, município próximo a TI Araribóia.

Pedrosa falou da ação ilegal de garimpeiros, madeireiros, caçadores, pescadores e grileiros, entre outros invasores das terras indígenas, aumentaram o quantitativo de casos violentos contra os povos originários.

O presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos do Maranhão frisou também que essa violência estrutural no Maranhão é grave e que a ação desarticulada dos órgãos públicos precisa ser resolvida, para colocar em prática ações de enfrentamento.

“A gente precisa discutir o que o estado vai fazer com as etnias indígenas. São etnias que resistiram em parte em seus territórios. Territórios que foram invadidos pela política colonial que tinha como objetivo desconstruir a identidade e embranquecer o país”, pontuou o advogado.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Luis Antonio Pedrosa)

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