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Tambor de Crioula de Mestre Felipe completa 50 anos

Foto: Divulgação

O Tambor de Crioula de Mestre Felipe comemora 50 anos de existência, no dia 12 de maio.

Como parte da celebração da data, no dia 06 de maio, acontecerá um encontro de Mestres e Mestras de Tambores de Crioula, na Casa do Tambor de Crioula, na Praia Grande, Centro de São Luís, a partir das 14h. 

O evento irá contar com uma Roda de Conversa e no encerramento haverá uma Roda de Tambor de Crioula, para terminar a celebração com muita dança. 

Em entrevista ao Jornal Tambor desta sexta-feira (28/04), o tambozeiro Sergio Luis Aguiar da Costa, falou sobre comemoração e a trajetória do Tambor de Mestre Felipe.

Ele tornou-se discípulo de Mestre Felipe há 25 anos e hoje é integrante da coordenação da Associação que conduz o Tambor de Crioula de Mestre Felipe. 

O tambozeiro explicou que a ideia do encontro é de oportunizar a troca de experiências entre Mestres e Mestras de Tambores de Crioula. Além disso, o evento busca estimular a continuidade dessa manifestação para as futuras gerações.

Mestre Felipe | Foto: Márcio Vasconcelos

“O encontro cria esse espaço para dar voz aos velhos, Mestres e Mestras, pessoas que têm conhecimento e nós precisamos acreditar que esse conhecimento tem valor. Esse é o momento de promover ações em que a valorização venha através da ocupação desses espaços”, afirmou Sérgio Costa.

Para para participar do evento foram convidados grupos tradicionais de Tambor de Crioula de São Luís, como Tambor de Crioula Prazer de São Benedito (Mestre Apolônio); Tambor de Crioula Milagre de São Benedito (Seu Antoninho); Tambor de Crioula Amor de São Benedito (Fé em Deus); Tambor de Crioula Poderoso Padroeiro da Liberdade (Mestre Leonardo); Tambor de Crioula do Taim e Tambor de Crioula de Dona Nilza.

Sobre o Tambor de Crioula do Mestre Felipe

Em meados da década de 1960, Mestre Felipe e sua esposa, Dona Mundica, fixaram residência em São Luís do Maranhão. O costume trazido do povoado Tabocas, em São Vicente de Férrer, clamava pela continuidade das Rodas de Tambor de Crioula entre parentes e amigos residentes na capital maranhense.  

No início dos anos 1970, grande contingente migratório da região Baixada Maranhense se instalou na região hoje compreendida pelo Bairro de Fátima, Liberdade, Fé em Deus, Caratatiua, Monte Castelo e uma década depois, na região onde estão localizados o Sacavém, Coroadinho e adjacências.

Em 1972, Mestre Felipe e conterrâneos se reuniram, na porta de casa para brincar Tambor de Crioula, ocasião em que bebidas e comidas eram servidas por intermédio da doação daqueles que chegavam para brincar junto. Assim surgiu o título de Tambor de Porta de Rua.

Um ano depois, em maio de 1973, Mestre Felipe sentiu segurança em realizar uma Festa de Tambor noite toda, tal qual sua memória clamava, quando lembrava dos saudosos momentos no povoado Tabocas junto de sua avó Dona Inésia, a matriarca da famosa Turma de Tambor de Nhá Inésia.

Essa marca histórica foi a escolhida p umor Mestre Felipe para considerar a fundação de seu grupo ou como ele mesmo preferia denominar, baseado em sua história familiar, a Turma de Mestre Felipe, batizada de Tambor de Crioula União de São Benedito, atualmente considerada pessoa jurídica.

O Mestre Felipe faleceu em julho de 2008 em São Luís. Seus ensinamentos e o legado do tambor de crioula criado por ele continuam vivos, passando de geração a geração. 

(Confira abaixo a edição do https 3D deJornal Tambor, com a entrevista completa de Sergio Luis Aguiar da Costa)

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