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Festejo de São Pedro e São Marçal – Uma história de fé e resistência cultural

Capela de São Pedro, no último dia 29 de junho. Foto: SECMA

Mantendo a tradição religiosa e cultural, os festejos de São Pedro (29) e São Marçal (30) reuniram em São Luís milhares de fiéis e amantes da cultura popular do Maranhão.

Realizada no bairro Madre Deus, a tradicional Festa de São Pedro, aglutina fiéis e milhares dos grupos de Bumba meu boi do Maranhão, que entoam suas toadas em reverência ao santo padroeiro dos pescadores, além pedir bênçãos, pagar promessas e agradecer à proteção durante os festejos juninos.

A tradição, quase secular, reúne grupos de todos os cinco sotaques. Lá estão presentes os grupos de zabumba, matraca, orquestra, costa-de-mão e baixada, além de contar com duas procissões, uma terrestre e uma marítima, que percorre a Baía de São Marcos, com centenas de fiéis, que acompanham a imagem do santo, em diversas embarcações, típicas do litoral maranhense.

Já, a procissão terrestre sai da Rampa Campos Melo, no Cais da Praia Grande, e percorre avenidas e ruas no Centro de São Luís e encerra com uma Missa Campal no Largo de São Pedro.

Resistência:

Símbolo da força e da resistência da cultura popular maranhense, a Festa de São Marçal teria surgido a partir da proibição dos grupos de Bumba meu boi “brincarem” no Centro de São Luís.

A proibição teria como pretexto a manutenção da segurança, da ordem e da tranquilidade em razão da discriminação e preconceito contra a cultura popular maranhense.

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A polícia não permitia que os “brincantes” ultrapassassem os limites do Areal, atual bairro do João Paulo, local que se tornou ponto de encontro e de resistência de grupos bois e da cultura popular do Maranhão.

Hoje, a tradicional e consolidada Festa de São Marçal, realizada no dia 30 de junho, marca o Encontro dos Batalhões de Bumba Meu Boi, do sotaque de matraca, no bairro do João Paulo.

A partir de 2006, a Avenida João Pessoa passou a ser denominada de Avenida São Marçal através da lei Nº 4.626/06 que transformou a data em Dia Municipal do Brincante de Bumba Meu Boi.

E, até os dias atuais, os batalhões pesados dos bois de matraca percorrem a Avenida São Marçal ao som essencialmente de matracas, que produzem um som contagiante, além dos maracás, pandeirões e tambor onça.

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