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Conferência Nacional de Cultura! Governo Brandão novamente denunciado

Foto: Henrique Silva

No início de março vai acontecer a 4ª Conferência Nacional de Cultura (CNC), em Brasília. A delegação maranhense será representada por 26 pessoas da sociedade civil e 14 do poder público.

A CNC é promovida pelo Ministério da Cultura e o Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), que foi recriado no atual governo Lula.

A Conferência tem o objetivo de discutir ações e apresentar propostas a nível nacional e regional para a área da cultura.

Os representantes do Maranhão se viram diante de um impasse, na entrega de documentações para que o MinC referendasse sua participação.

Segundo os fazedores de cultura, a Secretaria de Estado da Cultura (Secma) entregou a documentação incompleta e foi preciso ser criada uma comissão dos delegados para garantir a participação do Maranhão.

Estes delegados foram eleitos durante as Conferências de Culturas nos municípios maranhenses. São 28 pessoas da sociedade civil e 14 do poder público.

O Jornal Tambor dessa quarta-feira (21/02) tratou sobre o assunto. E outras questões que envolvem o setor cultural. Conversamos com Claudia Matos e Paulo Sabá.

Claudia é representante do MA na Operativa Nacional da Lei Paulo Gustavo e delegada eleita para a 4ª CNC. Paulo é coordenador do Escritório do MinC no Maranhão.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Claudia Matos e Paulo Sabá)

A delegada eleita explicou que a comissão de delegados elaborou o relatório que foi entregue ao Secma. E desta forma esta documentação foi referendada pelo MinC. Segundo ela, “tentar cessar a nossa participação é contra um direito humano”. 

Ela também esclareceu que não foi possível identificar os outros dois nomes na documentação que estava com o Secma.

“A participação do Maranhão vai acontecer, apesar das interferências e tentativas de cerceamento do direito”, expôs Claudia. 

Leia também: Beto Ehog afirma que não há incentivo à cultura maranhense 

Para ela, “toda tentativa de cerceamento de direito é sinal de autoritarismo”. Além disso, os fatos relatados são novos exemplos da falta de compromisso da gestão pública com os fazedores de cultura.

A representante do Maranhão também expôs que ficou impressão de um boicote da gestão pública maranhense em relação a ida dos delegados para a Conferência. 

Já Paulo Sabá iniciou sua fala destacando o marco da volta do Ministério da Cultura. De acordo com ele, dessa forma é possível discutir as políticas públicas voltadas para a área. 

“A política de cultura é um elemento para o desenvolvimento nacional”, pontuou ele. Sabá também enfatizou o desafio da democratização da cultura. 

Claudia evidenciou ainda que para democratizar a cultura é necessário estar organizado enquanto sociedade civil. Em fóruns, colegiados. “É preciso se movimentar de forma organizada”.

Ela questionou por que o governo do Maranhão não cumpre o plano estadual de cultura. E que este precisa ser reformulado. “Precisamos pautar nossa cultura”.

O Outro lado 

A Agência Tambor entrou em contato com o governo do Maranhão para saber um posicionamento em relação à denúncia.

Veja a nota do SECMA:

A Secretaria de Estado da Cultura (Secma) informa que foram seguidos todos os procedimentos que viabilizam a participação das representações da cultura maranhense na Conferência Nacional de Cultura, que será realizada em Brasília, no mês de março.

O relatório a ser apresentado no encontro foi elaborado durante a Conferência Estadual de Cultura, realizada em conjunto Secma, Conselho Estadual de Cultura do Maranhão (Consecma), representantes da sociedade civil e alinhado com o escritório do Ministério da Cultura (MinC) no Maranhão.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Claudia Matos e Paulo Sabá)

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