Roberto Jefferson reagiu a determinação policial com tiros e granadas. Roberto Jefferson, aliado de Jair Bolsonaro, voltou para prisão no último domingo (23), após disparar com um fuzil 5.56 mm e jogar três granadas contra os policiais federais, que foram até sua casa, no Rio de Janeiro, para cumprir ordem de prisão.
O bolsonarista estava em prisão domiciliar, acusado de cometer mais de dez crimes. Ele descumpriu determinações judiciais e voltou para cadeia.
O caso escandalizou o país, enquanto a comunicação bomba suja que serve a extrema direita brasileira tentou espalhar mentiras, contando com o cinismo e a cumplicidade de sua rede.
Para tratar do assunto, a partir das leis brasileiras, o Jornal Tambor dessa terça-feira (25/10) entrevistou o advogado Guilherme Zagallo.
(Veja, no final desse texto, essa edição do Jornal Tambor com a entrevista de Guilherme Zagallo)
Zagallo lembrou que Jefferson foi preso pelo descumprimento de “medidas cautelares”, que vinham acontecendo desde janeiro deste ano. E que o episódio de violência “precisa ser apurado com rigor”.
Os laudos indicam que entre os feridos uma policial ficou com estilhaço de granada no quadril, enquanto um delegado teria ficado com dois fragmentos de estilhaço no crânio.
O advogado disse que houve um “tratamento diferenciado” ao ex-deputado, mesmo ele não dispondo de um foro privilegiado. Ele frisou ainda que a presença de muitas pessoas no local, acabou comprometendo o trabalho da perícia. “Alguns peritos reclamaram depois que algumas cápsulas desapareceram, difícil saber quantos disparos foram feitos”, explicou.
Para Zagallo esse episódio é de “tamanha gravidade”, consequência da flexibilização de porte de armas no país. “ Imagine se cada ordem de prisão expedida no Brasil, as pessoas receberem os policiais a bala e a granada, uma situação preocupante, que por sorte não teve morte”, complementou.
(Veja abaixo, em nosso canal do Youtube, o Jornal Tambor com a entrevista completa de Guilherme Zagallo) 👇🏿👇🏿👇🏿