O Jornal Tambor dessa segunda-feira (18/07) tratou sobre o II Seminário de Comunicação e Poder no Maranhão.
O evento vai ocorrer de modo presencial, nos dias 27 e 28 de julho, no Sindicato dos Bancários, no centro de São Luís. A organização é do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC-RJ), da Associação Brasileira de Rádio Comunitária no Maranhão (Abraço-MA) e da Agência Tambor (MA).
O Maranhão chegou ao século XXI, como estado brasileiro de maior concentração midiática, reflexo da sua estrutura oligárquica. Nesse mesmo período, a Rede Globo se tornou um império no Brasil. O que mudou?
Integrantes da Agência Tambor – a jornalista Danielle Louise, o jornalista Emilio Azevedo e a radialista Lívia Lima – comentaram sobre os assuntos que irão ser discutidos no Seminário, a partir da conjuntura estadual e nacional.
(Veja, ao final desse texto, o Jornal Tambor, incluindo o debate dos integrantes da Agência Tambor)
No primeiro momento, foi discutido a importância do evento. Emilio Azevedo explicou que as graves ameaças que a democracia brasileira vem sofrendo hoje são fruto de um processo político e também midiático.
O jornalista lembrou a aliança entre a farsa da Lava Jato e a grande mídia de mercado, que promoveu um linchamento de Lula e do Partido dos Trabalhadores, abrindo espaço para uma onda fascista.
“Após o linchamento da grande mídia tradicional, do cartel dos grandes veículos, veio uma comunicação de extrema direita, via redes sociais, fundada em violência e mentira, falando até em mamadeira de piroca”, disse Emilio, definindo essa comunicação como bomba suja.
A jornalista Danielle Louise disse que todo esse discurso de ódio, promovido pela extrema direita brasileira, é um processo de comunicação que vai além das redes sociais, lembrando a participação de grupos religiosos, ditos “cristãos”, “evangélicos”.
A mesa de abertura do Seminário terá como tema “Comunicação contra-hegemônica: que bicho é esse?”. Os palestrantes serão Cláudia Santiago (NPC-RJ), Flávio Reis (Cientista Político) e Ed Wilson Araújo (jornalista, professor da UFMA e um dos idealizadores da Agência Tambor).
Respondendo a uma pergunta de Lívia Lima, Emilio ressaltou a importância de criar e consolidar projetos com capacidade de fazer um jornalismo comprometido com a vida, associando democracia com justiça social, profundamente comprometido com os direitos humanos, que entenda a questão ambiental como prioridade.
“Precisamos de alternativas a esse cartel da grande mídia e também a essa comunicação bomba suja, mantida pela extrema direita”, disse o jornalista.
A Agência Tambor surgiu em 2017, por ocasião do I Seminário Comunicação e Poder no Maranhão. O que virá junto com a Agência, após essa segunda edição?
As inscrições para o Seminário já estão abertas: Inscreva-se.
Programação completa do evento.
(Veja abaixo a edição completa do Jornal Tambor, com o debate entre os integrantes da Agência Tambor) 👇🏽👇👇🏾