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Milicianos da soja ameaçam a vida de trabalhadores rurais

Plantações destruídas por jagunços, em Bom Jardim.

Milícias rurais invadiram mais uma vez o assentamento Rio dos Bois, no município de Bom Jardim. Usaram trator e jagunços para destruir plantações de arroz, mandioca e feijão. O fato ocorreu ontem, terça-feira (07/02). Na comunidade tem gente escondida, por ameaça de morte.

Os agressores são grandes plantadores de soja. A Polícia Civil do Maranhão e a Policia Federal tem conhecimento do assunto.

O padrão de covardia dos agressores sojeiros é o da extrema direita: desconsideram famílias camponesas, agem na base do que quero-posso-mando, acham que estão acima das leis e utilizam de jagunços armados (milícias rurais)

Esse conflito em Bom Jardim é antigo. E este ano já foi denunciado pela FETAEMA para o Ministério da Justiça, para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e para a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (SEDIHPOP).

Para falar sobre esse assunto, o Jornal Tambor desta quarta-feira (08/02) entrevistou Antônio da Conceição da Silva, mais conhecido como Antônio Sorriso. Ele é Secretário de Meio Ambiente da Federação dos Trabalhadores Rurais e Agricultoras e Agricultores Familiares (FETAEMA).

(Veja, ao final desse texto, a edição do Jornal Tambor com a entrevista de Antônio Sorriso)

O dirigente da FETAEMA explicou que “as terras não podem ser vendidas. É um assentamento do Incra”. A ilegalidade começa daí.

Sorriso disse que os sojicultores adquiriram ilegalmente os lotes da reforma agrária e tentam expulsar de forma violenta as 35 famílias, que vivem no local.

No ano passado, homens armados invadiram o assentamento e ameaçaram diversos trabalhadores rurais. Afirmaram que se os assentados não saíssem da área por bem, sairiam por mal.

Sobre o caso, Sorriso disse que é um retrato do estado do Maranhão, onde a violência no campo aumentou. Segundo ele, essas terras de Bom Jardim estão sendo adquiridas ilegalmente “por uma pessoa conhecida como pastor Maurício”. Existe outro negociante chamado de “Gordo”, que já teria sido preso em flagrante pela Policia Federal, por posse ilegal de arma.

Os dois estão negociando os lotes para sojicultores, gente de fora do Maranhão, do padrão extremista, travestidos de “empresários do agronegócio ”.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Antônio Sorriso)

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ray sousa

eu tenho terra nesse assentamento

ray sousa

tenho terra nesse assentamento


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