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Pesquisador afirma que desastres ambientais são consequência de interesses econômicos e políticos

Enchente no Rio Gande do Sul | Foto: Gilvan Rocha/Agência Brasil

“Os desastres ambientais no Brasil não são algo de agora. Já vem acontecendo há algum tempo. E os governos têm conhecimento disso”.

Essa afirmação é do pesquisador e professor Luiz Drude, em entrevista ao Jornal Tambor de segunda-feira (13/05).

Segundo o professor, o desastre ambiental que atinge gravemente o estado do Rio Grande do Sul é consequência de uma série de fatores, entre eles o negacionismo científico de diferentes governos.

Drude é titular do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC). 

Drude tem pesquisas focadas no avanço de contaminantes na Amazônia e no Nordeste. Desde 2019 ele está no ranking dos pesquisadores mais influentes do mundo, pela Universidade de Stanford (EUA)

(Veja abaixo a edição completa do Jornal Tambor, com a entrevista de Luiz Drude) 

O Rio Grande do Sul vive um cenário de guerra. De acordo com a Defesa Civil, já são centenas de milhares de desabrigados e mais de 100 mortes confirmadas. Além de centenas de desaparecidos.

Para o pesquisador, esse caso que ocorre no sul do Brasil “é uma experiência que permanece sem solução”. 

Drude destacou que uma das alternativas para evitar desastres socioambientais como esse, seria a criação de políticas públicas. E que os governos precisam parar de priorizar o capital e passar a proteger a vida das pessoas, principalmente a população mais pobre do país.

Pesquisador e professor Luiz Drude | Foto: Divulgação

Ele também enfatizou que, diferentemente do que ocorreu com o rompimento da barragem em Brumadinho e Mariana, em Minas Gerais, considerados crimes ambientais, o governo estadual e o governo federal tinham informações suficientes para prever o desastre que atingiu praticamente todo o Rio Grande do Sul.

Leia também: Outra denúncia: ações do governo são armas de guerra contra comunidades rurais do Maranhão

O professor lembrou que há décadas a academia tenta discutir com gestores e políticos sobre a criação de planos de soluções para eventos climáticos extremos. No entanto, essa questão esbarra em interesses econômicos e políticos.

​(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Luiz Drude)

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