Desmatamento no Maranhão/divulgação De 2019 para cá, o Maranhão está entre os quatro estados com maior desmatamento do Brasil. Foram 167 mil hectares devastados, segundo dados trazidos pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI), através do seu coordenador geral no Maranhão, Gilderlan Rodrigues.
O Jornal Tambor dessa sexta-feira (04/08) ouviu Gilderlan. Ele atua com os povos originários há mais de dezoito anos.
(Veja abaixo, a edição completa do Jornal Tambor, incluindo a entrevista)
O crime de desmatamento se dá pela expansão do agronegócio, principalmente soja e eucalipto e a pecuária, com o gado bovino. Os ataques são principalmente na região do Cerrado e da Amazônia maranhense.
De acordo com dados do Relatório Anual de Desmatamento do Brasil, mais de 42 mil quilômetros quadrados de vegetação nativa foram devastados no país.
Além da barbárie ambiental, sete lideranças indígenas foram assassinadas no Maranhão, desde 2019, por conta de conflito de terra. Foram eles Erisvan Soares Guajajara, José Rosa Avelino Guajajara, Paulo Paulino Guajajara, Ocildo Duruteu Tomaz, Pedrinho Lopes Guajajara, Firmino Prexede Guajajara, Raimundo Benício Guajajara.
Para Gilderlan, “a ausência de fiscalização em áreas de grande concentração de desmatamento facilita para a prática ilícita de grileiros e madeireiros no estado, incluindo a violência contra povos originários”.
Gilderlan destacou a importância da atuação dos Guardiões da Floresta, indígenas que lutam na defesa das regiões ameaçadas. “Eles têm se colocado diante da fiscalização e proteção de seus territórios. Por exemplo, na Terra Indígena Araribóia foram fechados cerca de 28 ramais, impossibilitando a entrada de madeireiros”, disse ele.
O problema passa pela cumplicidade do poder público, cúmplice do agronegócio, de empresas que atuam como verdadeiros aniquiladores de povos originários e da natureza.
(Veja abaixo a edição completa do Jornal Tambor, com a entrevista de Gilderlan Rodrigues)👇🏼👇👇🏿