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“Há enxurradas de sangue promovidas pelo agronegócio”

Foto: Divulgação

O primeiro Jornal Tambor de 2022, exibido nesta quarta-feira (12), abordou as agressões e graves prejuízos socioambientais que o agronegócio promove no Maranhão, como as recentes enchentes em municípios do Estado.

O entrevistado foi José da Luz Costa Filho, conhecido como Zé Filho, vereador (PT) do município de Loreto, agricultor familiar, técnico agrícola, Educador Popular, agente da Cáritas Brasileira e diretor da Cooperativa Agroecológica Pela Vida do Cerrado Sul Maranhense (COOPEVIDA).

Segundo Ze Filho, “há enxurradas de sangue promovidas pelo agronegócio”, ao se referir aos diferentes problemas causados, inclusive pela pistolagem.

(Veja abaixo, em nosso canal no YouTube, a edição completa do Jornal Tambor, com a entrevista de Zé Filho).

O vereador citou o exemplo da falta do florestamento nas encostas de rios em São Domingos do Azeitão, causado pelo desmatamento, feito pelo agronegócio e que desprotege os solos em volta desses rios.

Ele explica que essa ação causa inundações que destroem as colheitas e prejudicam as comunidades. “É uma situação de grande prejuízo e destruição para as comunidades”, afirmou.

Segundo Zé Filho, o impacto desse “progresso” predatório, desenvolvido pelo agronegócio, afeta diretamente as comunidades tradicionais no Maranhão e coloca as pessoas em situação de calamidade, como aconteceu no município de Mirador, com as recentes enchentes.

O agricultor familiar pontua que essa situação preocupante parece não chamar atenção do Poder Público do Estado do Maranhão. “Não há um acompanhamento dos órgãos fiscalizadores”, denunciou ele.

O vereador também evidenciou que o Poder Público maranhense tem a obrigação de limitar o desmatamento, de impedir o uso indiscriminado de veneno, além de conter o avanço da pistolagem.

O entrevistado afirmou que é preciso pontuar que é a agricultura familiar quem leva a comida aos pratos dos brasileiros e que a predação do agronegócio também apresenta um problema de insegurança alimentar. “Não é a soja que nos alimenta”, disse.

Durante o Jornal Tambor foi dito que o trabalho da Secretaria Estadual do Meio Ambiente também deixa muito a desejar. Trata-se de uma Secretaria de Meio Ambiente? Ou de uma Secretaria de apoio à Soja e Eucalipto?

Procuramos a Secretaria de Direitos Humanos do Estado, que costuma agir como porta-voz do governo estadual, diante dessas questões. Falamos com o secretário Francisco Gonçalves, que citou o Decreto Estadual 36.889/2021 que estabelece as diretrizes para emissão de licenças Ambientais e para a inscrição de imóveis no Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Francisco Gonçalves também sugeriu que nós procurássemos a Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Nós tentamos. Mas não conseguimos contato.

Veja abaixo a edição completa do Jornal Tambor no Youtube👇🏾👇🏿👇

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