O dia 7 de setembro é a data da independência brasileira. Porém, a extrema direita associou a comemoração a uma pregação do fascismo, culto a ditadura, ameaças de golpe de estado e disseminação de violência e ódio.
O governo Lula busca ressignificar a data e os símbolos nacionais, que foram indevidademente apropriados pelos bolsonaristas, para representar as suas ideologias, algo que é característico dos regimes de extrema-direita.
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Como podemos transformar o 7 de setembro em um dia para exaltar a democracia? Qual o valor da nossa bandeira e hino em uma sociedade marcada por uma narrativa histórica racista, excludente e opressora?
Para falar sobre esse assunto, o Jornal Tambor de quarta-feira (06/09) entrevistou Wagner Cabral da Costa. Ele é professor de história da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
(Veja, ao final deste texto, a íntegra do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Wagner Cabral da Costa)
Para Wagner o Brasil passou por um processo histórico de apagamento da sua própria identidade.
Segundo o professor, a data só poderá ganhar um significado democrático quando for “desmontada a estrutura de desfiles militares” e passar a ser “celebrada como um país que tem a coragem de enfrentar o seu passado”.
O professor chamou atenção para a ideia de “desbolsonarização” do Brasil. E destacou que a ideologia de patriotismo deturpado deve ser “desmascarado” para fortalecer a verdadeira identidade nacional.
Ao final Wagner disse que a democracia é o caminho para transformar o 7 de setembro em um dia para dar continuidade em um processo igualitário e justo para as brasileiras e brasileiros.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Wagner Cabral da Costa)