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O Sindicato dos Urbanitários do Maranhão denunciou em seu informativo, a fala da vice-presidente da Eletrobras, Camila Gualda Araújo, contra cotas.
Sua declaração foi dada durantes uma entrevista veiculada no canal de Youtube “Memória da Eletricidade”, durante o programa Papos De Energia 2024 – A Importância De Boas Parcerias Na Trajetória Profissional.
A entidade chamou atenção sobre uma resposta dada pela vice-presidente que disse que “eu detestaria ser promovida num ambiente de cota, porque eu nunca iria saber se foi pela cota ou pela minha competência’’
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No informativo dos Urbanitários, eles lamentam a posição da diretora da Eletrobras e falam que sua resposta “revela ignorância quando o assunto é política afirmativa e da necessidade das cotas”.
Eles também afirmam que a “diretora Camila Gualda talvez não saiba que o Brasil foi o último país do continente americano a abolir oficialmente a escravidão, e os negros libertos não receberam nenhum tipo de auxílio do governo para que pudessem sobreviver”.
A entidade destacou que as cotas não podem ser motivo de marginalização ou desprezo, elas estão previstas em lei e devem ser respeitadas.
Além disso, evidenciaram que “seja de gênero, raça/etnia ou pessoa com deficiência, as cotas existem para garantir igualdade de oportunidades e promover reparação histórica”.
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Veja um trecho da declaração da vice-presidente da Eletrobras, Camila Gualda Araújo:
‘‘…Eu não sou uma pessoa, e eu vou ser muito franca aqui, que levanta bandeiras do feminismo ou do machismo, nada disso, eu gosto de procurar o equilíbrio, eu acho que a gente tem que olhar profissionais como profissionais, sem sexo, não é homem nem mulher, é um profissional…E a gente tem que valorizar se o cara é competente, sim ou não. Ah, mas tem que ver a cota…eu não gosto, eu não acho que isso… eu detestaria -vou ser muito franca- ser promovida num ambiente de cota porque eu nunca iria saber se a minha promoção foi pela cota ou pela minha competência. Eu sou uma pessoa de autocrítica muito grande, então eu sempre ia ficar com aquela pulguinha atrás da orelha, com dúvida…”