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Transfobia provoca assassinatos e uma avalanche de violências

Foto: Divulgação

No dia 23 de janeiro a travesti Paulinha foi assassinada no município de Timon (MA), sendo mais uma vítima de transfobia de um país que mais mata pessoas LGBTQIA+.

Os dados divulgados, neste mês de janeiro, pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) são esterrecedores. A violência que vem ocorrendo no Brasil é escandalosa e inaceitável.

O Jornal Tambor recebeu a secretária de comunicação e articulação da Associação Maranhense de Travestis e Transexuais (AMATRA), Lohanna Pausini, nesta segunda-feira (31), para falar sobre a visibilidade trans, celebrada no dia 29 de janeiro.

(Veja o Jornal Tambor, com a entrevista de Lohanna, no final desse texto)

A entrevistada enfatizou que o caminho para o combate a origem da violência contra pessoas da comunidade é o foco na educação. “Temos que reestruturar a base da educação”, afirmou. Segundo ela, muitas pessoas trans desistem de estudar por conta da violência que já sofrem nas escolas desde cedo. Por consequência, muitas dessas pessoas não têm qualificações. Além disso, muitas também não são aceitas nos empregos formais.

Ela destaca que a educação precisa ser a base da mudança para respeito às pessoas LGBTQIA+. E também salientou que as escolas precisam ter educação sexual para compreensão das crianças sobre orientação sexual e identidade de gênero.

Para Lohanna Pausini houve alguns avanços quanto a políticas para pessoas transsexuais e travestis, como a criminalização da transfobia, mas que estas questões só foram conquistadas com intervenção do Supremo Tribunal Federal(STF). De acordo com ela, o Congresso Nacional não se mobiliza para mudar a realidade das pessoas desta comunidade.

A secretária da AMATRA também ressaltou que o governo Bolsonaro é uma tentativa de retrocesso e legitimou ainda mais a violência contra pessoas trans e travestis. O presidente faz com que muitas pessoas sigam o seu exemplo de preconceito de gênero. “Em campanha ele já se afirmava transfóbico, lgbtfóbico”, disse.

Ela também destacou que as pessoas LGBTQIA+ precisam do acolhimento da família e do Poder Público. E para Lohanna o governo estadual tem tido um diálogo positivo para avanços necessários nos direitos à esta população.

Veja, abaixo, a edição completa do Jornal Tambor, com a entrevista de Lohanna Pausini 👇🏾👇👇🏿

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