Trabalhadores e as trabalhadoras da Vale estão negociando com a empresa o chamado Acordo Coletivo, cuja data base é o próximo dia 31 de outubro.
A negociação é conduzida pelo STEFEM, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias dos Estados do Maranhão, Pará e Tocantins. A luta da entidade sindical é no sentido de garantir diretos já conquistados e ter novos ganhos.
“Estamos negociando a reposição inflacionária e o ganho real salarial, queremos reposição e o ganho real no valor do ticket alimentação e a manutenção do valor do plano de saúde”, relatou diretor de Política Sindical e Comunicação do STEFEM, Ribamar Fonseca.
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O sindicalista ponderou ainda que “esse é um momento de lutas e conquistas que impactam na melhoria da qualidade de vida dos ferroviários e portuários”.
A direção do STEFEM participou de reunião com a Vale na terça-feira (10/10) e saiu de lá indignada. O sindicato diz que a empresa sugeriu mexidas que prejudicam de forma severa direitos dos trabalhadores.
Entre as mexidas estaria incluído o direito a participação nos lucros e no adicional de insalubridade. Segundo o Sindicato, a Vale afirma que teria cometido erros na formulação das cláusulas de dois direitos e quer promover alterações.
A empresa estaria querendo alterar, inclusive, a fórmula de cálculo do adicional de insalubridade. Em acordo coletivo, a categoria já conquistou o direito ao adicional de insalubridade calculado sobre o piso salarial de R$ 1.933,00. Agora a Vale quer voltar a calculá-lo sobre o salário mínimo de R$ 1.320,00.
Segundo cálculos do STEFEM, essa medida reduziria drasticamente o valor a ser recebido pelos funcionários que trabalham em condições insalubres e que adoecem para atingir metas, garantindo resultados e os regulares recordes nos lucros da empresa.
A direção do STEFEM repudiou as proposições da empresa e ratificou também a determinação de não discutir a participação nos lucros junto com o Acordo Coletivo.