A luta pela democratização da comunicação tem de ser priorizada no Brasil. Após anos de ataques antidemocráticos, é necessário, cada vez mais, pensar em políticas que potencializam e regularizam experiências populares, como é o caso das rádios comunitárias.
Na semana em que se comemora o Dia Nacional do Rádio no Brasil (25/09), deve-se discutir o atual momento da luta das rádios comunitárias no país e da relação com a necessidade de uma democratização da comunicação.
Leia também: Educação é ato político! Projeto leva literatura para mulheres encarceradas
Nesse sentido, o Jornal Tambor de quarta-feira (27/09), entrevistou Geremias dos Santos.
Ele é o presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (ABRAÇO) e integrante da coordenação do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).
(Veja, ao final deste texto, a íntegra do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Geremias dos Santos)
Segundo Geremias, mesmo após um século da chegada da rádio, esse meio de comunicação ainda é considerado o mais popular do Brasil. O presidente da Abraço destacou que as rádios comunitárias têm um papel importante no processo de democratização da comunicação.
De acordo com ele, essas emissoras, ainda com as restrições e dificuldades financeiras, conseguem desempenhar um trabalho com narrativas plurais e populares.
No entanto, Geremias também ressaltou que é urgente que o Governo de Lula discuta a mudança no Decreto 2.615/98, que regulamenta o serviço de Radcom no país, instituído pela Lei 9.612/98. Além de pautar a democratização da comunicação.
Ele acrescentou que, “hoje no Brasil existem dois mil municípios que não tem rádios comunitárias. Precisamos priorizar o projeto da democratização no país”.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Geremias dos Santos)