Da Agência Tambor
Por Danielle Louise
28/01/2020
Debatendo sobre o papel do jornalismo no campo virtual, os jornalistas Emilio Azevedo, Flávia Regina e Ed Wilson Araújo, comentaram sobre os casos de homicídios de Bruna Lícia e José Willian, em São Luís e a denúncia do Ministério Público Federal à Glenn Greenwald, fundador do The Intercept Brasil, e um dos jornalistas autores da Vaza Jato, no Radiojornal Tambor desta segunda-feira (27).
A discussão se pautou em torno da ética do jornalismo e como os profissionais da comunicação devem respeitar os limites da liberdade de expressão e de imprensa. As situações abordadas no programa, ilustram como o campo virtual propagou posturas antiéticas de alguns veículos de comunicação, que exibem fotos de pessoas mortas, em situação constrangedora ou até de vulnerabilidade, como ocorreu com o caso de Bruna Lícia em São Luís.
Ed Wilson Araújo comentou sobre a importância da responsabilidade social e a ética no jornalismo. “A internet deu essa possibilidade que é algo favorável à produção, distribuição e consumo de notícias, informações de interesse público, mas, ao mesmo tempo, tem esse lado obscuro”, ponderou o jornalista.
Os jornalistas também aproveitaram para destacar a forma como o presidente da República, Jair Bolsonaro, vem demonstrando o seu desprezo pelos profissionais do jornalismo. O caso de Glenn Greenwald evidencia como o Poder Público, através do governo federal, tenta sanar a liberdade de imprensa no país. “A imprensa tem de ter liberdade para trabalhar”, disse Emilio Azevedo.
Sem a imprensa, não é possível tornar público grandes casos de corrupção, como o exemplo da Vaza Jato que expôs o golpe de 2016 e a fragilidade da denúncia ao ex-presidente Lula que levou sua prisão. Por conta dessas questões que é necessário o debate. “O jornalismo continua sendo uma ferramenta da democracia”, evidenciou Emilio.
Ouça o debate em nosso TamborCast: