Como é ser refugiado no Brasil? Como combater (e, principalmente), prevenir a violência contra a mulher? E, afinal, o que significa “transição justa” – uma expressão tão frequente quando se fala no combate à crise climática?
Na sua quarta temporada, a série “Que bom que você perguntou!” conversa com pesquisadores, defensoras e defensores dos direitos humanos para entender todas essas questões. Ao longo de três vídeos, a série se debruça sobre termos e conceitos em voga no debate público.
A “Que bom que você perguntou!” é uma produção da plataforma Brasil de Direitos — um site de notícias e debates sobre direitos fundamentais. Criado e mantido pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos, ele é construído em parceria com organizações do terceiro setor atuantes no Brasil inteiro.
A partir desta quarta, 27, Brasil de Direitos passa a publicar um vídeo por semana. O último deles — o 15º da série — vai ao ar no dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Como é ser refugiado no Brasil?
O primeiro episódio, lançado nesta quarta-feira (27), trata das políticas de refúgio adotadas pelo Brasil.
A discussão é oportuna: hoje, há pouco mais de 143 mil pessoas reconhecidas como refugiadas vivendo no Brasil. O país não é , historicamente, um destino tradicional de pessoas refugiadas. Mas o número de pessoas que pedem a proteção do Estado brasileiro aumentou nos últimos anos. Especialmente depois de 2016, quando cresceu o fluxo de venezuelanos.
O assunto chamou atenção do noticiário em agosto deste ano. Naquele mês, circularam imagens de cerca de 500 solicitantes de refúgio que acampavam na área do conector do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A maioria vinha da África e da Ásia e pedia para ser acolhida no Brasil.
Quem acompanha o tema lembra que o aeroporto de Guarulhos é uma das principais fronteiras do país. Por isso, serve como uma espécie de termômetro que permite avaliar como andam as políticas migratórias brasileiras. As imagens registradas em agosto dão a entender que algo vai mal.
O Brasil construiu para si uma imagem de país acolhedor. Mas será que é assim mesmo? Será que é assim para todo mundo? Como é ser refugiado no Brasil?
Para responder a essa questão, Brasil de Direitos conversou com Prudence Kalambay. Nascida na República Democrática do Congo, Prudence vive como refugiada no Brasil desde 2008. Chegou grávida ao Rio de Janeiro, fugindo da guerra que assola seu país há mais de 30 anos. Conta que, no Brasil, teve de enfrentar o desafio de se adaptar a uma cultura estrangeira; e o racismo que pesa contra a população negra.
Além de Prudence, o vídeo conta com as análises de Alex Varge, sociólogo especializado em imigração e refúgio; e Karina Quintanilha, advogada especializada em política migratória.
Quarta temporada
Voltados a público amplo, todos os vídeos da série Que bom que você perguntou! podem ser republicados e compartilhados livremente. Basta citar os créditos. Com eles, a plataforma Brasil de Direitos tenta contribuir com a construção de uma sociedade mais plural e bem informada.
A primeira temporada da série foi ao ar em 2021. Desde então, foram lançados 12 vídeos que discutem assuntos diversos: de racismo estrutural ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).