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Maranhão sofre com queimadas em territórios indígenas

Da Agência Tambor 
Por Danielle Louise
23/09/2020

O Brasil, atualmente, registra diversos incêndios no Pantanal mato-grossense que afetam a fauna, a flora e os territórios indígenas presentes naquela região, além dos moradores locais. No entanto, não é apenas naquela área que acontecem estes crimes ambientais. O Maranhão também apresenta queimadas em municípios com terras protegidas.

O coordenador do Conselho Indigenista Missionário, Regional Maranhão (CIMI-MA), Gilderlan Rodrigues, participou do Radiojornal Tambor, desta segunda-feira (22), e falou sobre esses graves problemas que assolam essas regiões, além dos conflitos territoriais que acontecem secularmente.

De acordo com ele, há focos de incêndios na região de Amarante, Barra do Corda, Fernando Falcão, assim como na região sul, noroeste e Cerrado do Maranhão. “Há brigadas, compostas pelos próprios indígenas, atuando no combate ao fogo. Contribuindo, assim, para que o fogo não destrua todo o território”, evidenciou. 

Além da dizimação da floresta, Gilderlan Rodrigues também destacou que as queimadas afugentam os animais da localidade e impossibilitam os indígenas, moradores da região, de fazerem suas roças, prejudicando sua alimentação. E isso vunerabiliza ainda mais esta população, que passaria a viver de doações de cestas básicas. 

“Acabam queimando áreas importantes para agricultura e então será necessário esperar todo um ciclo de recomposição das florestas e da superfície para voltarem a plantar”, explicou. “Eles deixam de comer sua alimentação própria e passam a comer produtos industrizalidos que podem acarretar em diversaas doenças”, relatou o coordenador.

Ele também ressalta que Jair Bolsonaro está concretizando o que disse em campanha e quando foi eleito, sobre não dermarcar territórios indígenas, e o anúncio da abertura de garimpos naquelas terras.

No entanto, além do governo federal, esses conflitos territorais também podem ser agravados com a nova de Lei de Zoneamento Ecológico sancionado por Flávio Dino este ano. De acordo com o coordenador, esta lei contribui que empresas privadas continuem a desmatar as floretas no estado e proporciona, ainda mais, o crescimento do agronegócio. 

“As atuações políticas estão sendo pensadas com o intuito dde explorar e abrir as terras indígenas”, denunciou.

Para ouvir a entrevista completa confira nosso TamborCast.

https://open.spotify.com/episode/2lp5C61Gz2ShkEXSH3iryC?si=Ih0rBsa6Rk6X74clIFrjmQ

 

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