A equiparação salarial dos trabalhadores da Suzano em Imperatriz (MA) com as demais unidades da empresa no país é o grande desafio do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose do Sul do Maranhão (Sindcelma).
A luta ganhou apoio e adesão nacional. Na ultima segunda-feira (24/7), o Movimento Nacional dos Papeleiros e Papeleiras (Mpapel) deu mais uma demonstração de que a união da categoria em nível nacional é o caminho para o fortalecimento dos trabalhadores do setor.
Dirigentes de vários Sindicatos papeleiros do Brasil participaram de uma panfletagem, que buscou fortalecer a campanha salarial da unidade de Imperatriz da Suzano, cuja data-base é 1º de agosto.
Participaram do ato de mobilização do SINDCELMA, representantes dos sindicatos de Mogi das Cruzes, Guarulhos, Caieiras, além de dirigente da Confederação Nacional dos Químicos (CNQ).
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“O fortalecimento da luta dos trabalhadores do setor celulose e papel se concretiza com a sintonia e união dos Sindicatos co-irmãos. Estamos, cada vez, mais energizados e coesos. Juntos, somos muito mais fortes”, enfatizou o presidente do Sindcelma, Anthony Dantas.
Para o presidente do Sindicato dos Papeleiros de Mogi das Cruzes e Região, um dos idealizadores do Mpapel, Márcio Cruz, a presença de dirigentes sindicais de outros pontos do país representa um ato de apoio e solidariedade à luta do Sindicelma e dos papeleiros maranhenses.
Os papeleiros de Imperatriz lutam, em especial, para combater a chamada “discriminação salarial” praticada pela Suzano, que paga salários e benefícios piores aos trabalhadores maranhenses em comparação aos valores pagos aos trabalhadores de outra regiões do Brasil.
O Sindcelma contabiliza que, enquanto o piso salarial no Maranhão não chega a um salário mínimo, o valor pago na capital paulista é de R$ 2 mil reais, além do que a diferença do abono também é grande, cerca de R$ 300 reais e o auxílio creche e o auxílio filho chega a ter uma disparidade de 100%.
Pauta
Em Assembleia Geral realizada em 29 de maio deste ano de 2023, os trabalhadores da Suzano, no Maranhão, definiram a pauta de reivindicações que será levada à mesa de negociações para renovação do acordo coletivo, com data-base em 1º de agosto. A principal reivindicação é a equiparação salarial.
Segundo presidente do Sindicato, Anthony Dantas, a Suzano tem todas as condições para sanar essa tamanha disparidade, pois “no ano passado, a empresa obteve R$ 23 bilhões de lucro líquido”.
A pauta de lutas inclui ainda reajuste salarial de 8%, piso salarial de R$ 2.500,00; manutenção e garantia do abono indenizatório, com reajuste; cesta de alimentos com referência do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), combate ao assédio moral e sexual, combate a qualquer forma de discriminação, jornada de trabalho de 40 horas semanais, sem redução de salário e fim da terceirização.