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Em São Luís! Revogação do Novo Ensino Médio une organizações sociais

Ato pela Revogação do Novo Ensino Médio, Na Praça Deodoro, Centro de São Luís – FOTO: APRUMA.

Em todas as regiões do país, estudantes, professores, centrais sindicais e outras organizações se uniram na luta e embate pelo Dia Nacional de Mobilização pela Revogação do Novo Ensino Médio, regulado pela Lei 13.415/2017.

Em São Luís, o ato aconteceu na Praça Deodoro, no Centro da capital maranhense, com um aulão público com o professor Jorge Leão, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão ( Ifma – Campus Monte Castelo), onde ele fez um relato da importância da união e luta de todos por um ensino de qualidade, com interface com a realidade brasileira e mundial.

“No Ifma, no Monte Castelo, temos um histórico de resistência. Travamos um debate para a garantia das disciplinas de filosofia, história, geografia e sociologia. Todos os nossos alunos tem acesso a aulas nas quatros unidades de linguagem da arte: música, dança, artes visais e teatro. Nada disso é possível dentro desse papel que se configura, com esse Novo Ensino Médio”, enfatizou Leão.

Para o presidente da Apruma gestão “Tempo de Esperançar na Luta” e professor do Colégio Universitário da Universidade Federal do Maranhão, Bartolomeu Mendonça, esse Novo Ensino Médio aumenta, ainda mais, as distorções entre os que podem pagam pagar por uma educação e estudantes de escolas públicas, além de mexer com todo processo de formação de novos professores.

“Esse novo modelo de educação cria um notório saber e aprofunda as desigualdades na educação pública”, refletiu Bartolomeu Mendonça.

A secretária de Comunicação do Sindeducação, Ana Paula Martins, ressaltou que essa reforma do Ensino Médio tem que ser vista dentro de um contexto de “uma medida altamente antidemocrática sem qualquer discussão com estudantes, com sociedade, unidades dos institutos federais e com a comunidade escolar de modo geral.

“Essa reforma faz parte de um conjunto de ações que os governos neo liberais impuseram com ataques aos mais diversos direitos dos trabalhadores e com cortes em orçamento de áreas como educação e saúde”, disse Ana Paula.

A dirigente do Sindeducação defende a urgente “necessidade de lutar contra esse processo de desmantelo e sucateamento do ensino público no Brasil, para beneficiar a iniciativa privada, seja na modalidade do ensino à distância ou presencial, além de acabar com a carreira docente”.

Ana Paula alerta ainda que “esse Novo Ensino Médio prevê, inclusive, que qualquer pessoa com ‘notório saber’ possa ser professor sem a necessidade de ter cursado uma universidade” e que “o caminho não é esvaziar o conteúdo ou disciplinas, e sim, garantir aos filhos dos trabalhadores acesso ao conhecimento, às artes, à cultura e às ciências”.

A reforma

Em 2017, a Reforma do Ensino Médio foi implantada no governo Michel Temer, com o objetivo de flexibilizar o currículo e oferecer aos estudantes uma formação mais direcionada “às suas áreas de interesse”.

Desde a sua implementação, os problemas enfrentados por alunos e educadores são muitos, entre eles, o Sindeducação destaca: matérias sem conteúdo aprofundado, exclusão de materiais importantes para formação e análise críticas para o desenvolvimento dos estudantes, professores sobrecarregados e ministrando aulas sem estrutura alguma ou formação dentro da sua área, bem como a falta de investimentos na formação de docentes e na infraestrutura das escolas.

No ato público que aconteceu em São Luís para pressionar a revogação do Novo Ensino Médio, participaram, além da Apruma e do Sindeducação, a Une, a UBEs, Ujs, o Sinproesemma, Centrais sindicais, representantes de Centros Acadêmicos, de Grêmios estudantis e o Levante Popular da Juventude.

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