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Cinema maranhense resiste em meio ao caos

Da Agência Tambor
28/05/2021

Duas entre as 185 atrações do Festival Estação Virtual – 35 anos de Cinema Brasileiro são maranhenses: ‘’O Exercício do Caos’’ (foto) e ‘’Litania da Velha’’, obras do diretor e fundador da distribuidora Lume Filmes, Frederico Machado.

Nesta sexta-feira (28) o Jornal Tambor conversou com o cineasta sobre a sua participação no Festival Estação Virtual, seus projetos em execução e o atual momento do cinema brasileiro.

(VEJA ABAIXO A ENTREVISTA)

Filho dos escritores Nauro Machado e Arlete Nogueira, Frederico conta que sempre teve um convívio muito próximo com a arte.

O cineasta afirmou que o Brasil vive um filme de horror sob o governo Bolsonaro, destacou a volta da censura no meio artístico e relatou ter a sensação de que o governo quer anular ou paralisar a arte no brasil.

‘’o cinema brasileiro é uma arte que sempre tende a crescer, mas é paralisada em alguns momentos da história, como durante a ditadura, o governo Collor e agora o governo Bolsonaro’’, complementou.

Questionado sobre as semelhanças entre o desmonte que ocorreu no audiovisual com o governo Collor e o que está em curso no atual governo, Frederico disse que os realizadores de cinema estão ‘’muito desgastados, entristecidos e embrutecidos pela brutalidade dos outros’’.

Por outro lado, Frederico acredita que o cinema se aparelhou de uma maneira positiva da digitalização. ‘’Muitas pessoas hoje fazem filmes mais baratos, que podem ser exibidos na internet. O cinema hoje é mais amplo’’, explica.

Ele realçou que os festivais de cinema online são ‘’de extrema relevância e muito democráticos’’ porque expandem a participação dos realizadores e do público.

Frederico Machado destacou que ‘’hoje o cinema maranhense é um dos mais fortes do Brasil’’ e lembrou a importância dos editais, da escola de cinema do IEMA e dos festivais como o Guarnicê e o Maranhão na Tela.

“Já se consegue identificar o que é o cinema maranhense, qual é o olhar desse cinema, por conta da constância das produções, da troca de experiências entre realizadores e da maior participação de filmes do estado em festivais’’, pontuou.

Atualmente, Frederico Machado trabalha na produção dos filmes ‘’Percurso de Sombras’’ e ‘’Purgatórios’’, um documentário sobre Nauro Machado, que, segundo Frederico ‘’é uma ideia de conhecer melhor o meu pai’

O cineasta finalizou a sua participação no Jornal Tambor relatando que ‘’sempre tentou fazer cinema independente, livre e forte, sem receio de falar o que pensa’’

Assista abaixo o Jornal Tambor, com a entrevista de Frederico Machado.

Ouça entrevista de Frederico Machados, pela plataforma Spotify:

https://open.spotify.com/episode/7byI3kQ7aGYw5wyFqQy8C1?si=eR_lpE-fRKCwhY6WlPmSGA&utm_source=whatsapp

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