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Seletivo para contratação de professores em São Luís pode ser levado à Justiça

Foto: professor Márcio Barros – redes sociais

A Agência Tambor recebeu denúncias sobre o processo seletivo para contratação de professores para a rede municipal de ensino de São Luís. O Seletivo referente ao Edital de Nº 01/SEMED/2022.

Foto: Edital de Nº 01/SEMED/2022.

Um dos pontos denunciados foi que a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) não teria convocado todos os classificados no seletivo.

O professor Márcio José Teixeira Barros, egresso da Licenciatura em Estudos Africanos e Afro-Brasileiros, falou sobre o assunto no Jornal Tambor de quinta-feira (06/07).

(Veja, ao final deste texto, a edição completa do Jornal Tambor com a entrevista de Márcio José Teixeira Barros)

Márcio Barros teria sido um dos candidatos classificados, que não foram convocados pela SEMED.

Segundo esse professor, o problema iniciou logo após a entrega da lista de aprovados à SEMED, pela Fundação Sousândrade.

Márcio disse que a Secretaria não teria respeitado “a ordem de classificação dos candidatos”. E que alguns professores teriam sido chamados “para trabalhar em unidades de ensino, que não estão em funcionamento”.

O professor afirmou que a “desorganização da SEMED” impossibilitou que inúmeros profissionais da educação estejam trabalhando nas salas de aula de São Luís.

“Tivemos todo um custo da inscrição, de exames médicos, de estudar e de se preparar, lamentou o educador ao criticar a “reanálise da documentação feita pela Secretaria”.

A História no Brasil

Em relação ao seu caso, Márcio disse que sua não convocação teria sido porque a Secretaria constatou que seu diploma é do curso de Estudos Africanos. E “não contemplou o edital”. Em seguida, segundo o mesmo professor, a secretaria alegou que ele teria perdido os prazos.

O professor ressaltou que essa medida pode ser classificada como “racismo pedagógico”. E uma internauta, durante a entrevista, mencionou que essa questão também pode ser entendida como “racismo educacional”, pela dificuldade de aceitar o curso de Estudos Africanos.

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Márcio entrou em contato com a Defensoria Pública e nos informou que em breve entrará na Justiça, para buscar seus direitos. Ele também suspeita que “houve o objetivo de prejudicá-lo”, por conta de críticas que ele fez no passado, sobre a educação municipal, em São Luís.

Por fim, o professor fez um apelo para que a SEMED e a Prefeitura de São Luís se pronunciem diante desta situação.

O outro lado

A Agência Tambor enviou e-mail para a Secretaria de Educação do Município de São Luís, como objetivo de saber a versão da prefeitura ou do Poder Púbico municipal, diante das denúncias, críticas e reclamações e suspeitas trazidas a partir do professor Márcio José Teixeira Barros e veiculadas por nós.

Enviamos às 14h, do dia 07 de julho, para [email protected]. Buscamos saber informações sobre o seletivo realizado através do Edital de Nº 01/SEMED/2022.

Indagamos sobre cada colocação feita: “desrespeitado a ordem de classificação dos candidatos”, “desorganização”, “racismo pedagógico”, “racismo educacional”, “suspeita que houve o objetivo de prejudicar o professor por conta de críticas que ele fez no passado” e sobre “professores que foram lotados para unidades de ensino que não estão funcionando”.

Como informamos no e-mail, “aguardamos retorno da secretaria, para melhores esclarecimentos”.

No momento que houver uma manifestação, uma resposta da Secretaria de Educação ou da Prefeitura de São Luís, nós atualizaremos esta matéria, com a versão da instituição aqui denunciada.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Márcio José Teixeira Barros)

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