Professores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) entraram em greve ontem, dia 15 de abril, segunda-feira.
E o movimento veio forte, com a participação de vários docentes, alunos e alunas e técnico-administrativos.
Foi definida ontem uma intensa programação como parte das atividades que vão ser desenvolvidas, ao longo da semana.
Veja abaixo a programação divulgada:
Quarta-feira (17/04)
Às 7h vai ser realizado um Ato Público na entrada principal do Campus do Bacanga;
Às 8h acontece a mesa redonda “Abril Indígena” no auditório Ribamar Carvalho;
Às 16h a oficina “Abril Indígena” também no Ribamar Carvalho
Às 18h, caminhada e panfletagem no Centro de Ciência Sociais da UFMA.
Quinta-feira (18/04)
Às 11h acontece o “Diálogos pela Educação entre Apruma e Reitoria”;
Às 14h haverá uma reunião do comando local da greve na sede da APRUMA
Às 16h haverá “Oficina de Vídeo” no auditório Ribamar Carvalho.
Sexta-feira (19/04)
“Diálogos pela Educação entre Apruma e professores substitutos. A ação é em formato híbrido.
A luta
A presidente da APRUMA, professora Ilse Gomes, ratificou que os eixos centrais da greve e da pauta de reivindicações são a reposição salarial de todos os professores, recomposição orçamentária da Universidade, ampliação da assistência estudantil e a reestruturação da carreira do docente.
Histórico das propostas
Em 28 de fevereiro foi realizada a primeira rodada da Mesa Nacional de Negociação Permanente deste ano. Ela foi concluída sem avanços sobre a recomposição salarial de servidoras federais e demais demandas apresentadas na contraproposta protocolada pela bancada sindical junto ao Governo, no dia 31 de janeiro.
O documento prevê a recomposição das perdas salariais do período referente ao governo Temer até o atual governo Lula. O índice reivindicado para o bloco de servidores que reúne docentes federais é de 22,71%, dividido em 3 parcelas de 7,06% em 2024, 2025 e 2026. O cálculo considera as estimativas de inflação de 3,87% em 2024 e 3,5% em 2025, conforme projeção do Banco Central.
Além disso, as entidades sindicais reivindicam equiparação dos benefícios, sem exclusão das pessoas aposentadas, revogação das medidas que atacam servidores e a assinatura de um termo de compromisso para negociação das perdas salariais no governo Dilma.
O Executivo federal manteve, em fevereiro, a proposta apresentada ao final do ano passado de 9%, dividido em duas parcelas. A primeira a ser paga apenas a partir de maio de 2025 e a outra metade em 2026.
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