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STF pode deixar 500 mil pessoas sem moradia ainda na crise sanitária

Foto: Acervo MST

Hoje, no acampamento Marielle Franco, no munícipio de Itinga (MA), acontece um ato para chamar atenção sobre ameaças que são feitas pela empresa Viena Siderúrgica. São 140 famílias no Maranhão que vivem sob diferentes tipos de violência, incluindo a presença de milicianos.

Esse ato em Itinga (MA) é parte da campanha Despejo Zero, uma ação de mais de 200 organizações e movimentos populares, que lutam para garantir o direito à moradia digna no Brasil, impedindo despejos em tempos de pandemia.

Para falar da campanha e da grave situação das famílias de Itinga, o Jornal Tambor recebeu hoje Aldenir Gomes da Silva. Ele é advogado e membro Direção Estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Maranhão (MST/MA).

(Veja, ao final desse texto, em nosso canal no YouTube, o Jornal Tambor com a entrevista de Aldenir Gomes da Silva)

Nesta quinta-feira, dia 31 de março, expira a data da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 828, que suspende os despejos e as desocupações por conta da pandemia.

A Campanha Despejo Zero é para que tenha uma prorrogação desta ADPF. Para que não ocorra despejo no Brasil, na grave crise sanitária que ainda atravessa o Brasil.

Aldenir informou, no Jornal Tambor de hoje, que cerca de 132 mil famílias e mais de 500 mil pessoas poderão perder suas casas no Brasil.

Para o dirigente do MST, a desocupação destas moradias durante a pandemia, é uma violência ainda maior.

O advogado também pontuou que a campanha pretende dialogar com a sociedade sobre esta questão e sensibilizar o STF para a prorrogação da ADPF. Em sua fala, Aldenir destaca que “são pessoas que construíram ali sua existência”.

Esse tipo de ação de despejo gera problemas físicos e psicólogos, colocando essas pessoas em mais vulnerabilidade.

Além disso, o dirigente do MST ressaltou que o Brasil não tem estrutura de realocação das famílias que são removidas de suas terras. Para ele, este é outro ponto fundamental que precisa ser discutido.

(Veja abaixo o Jornal Tambor na íntegra incluindo a entrevista de Aldenir Gomes da Silva) 👇🏿👇🏾👇👇🏼

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