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Protesto expõe problemas agrários no Maranhão

Foto: Divulgação

Trabalhadores e trabalhadoras rurais interditaram um trecho da BR-316, no dia 16 de novembro, próximo ao município de Junco do Maranhão, denunciando a insegurança e a grilagem de terras na região do Vale do Rio Gurupi, no Maranhão.  

Os camponeses da União das Comunidades em Luta (UCL) falam que sofrem ameaças constantes de pistoleiros. A representante da UCL, da Gleba Campina, que não teve o seu nome divulgado por questões de segurança, relatou que os trabalhadores rurais estão sendo seguidos e ameaçados por capangas. 

“A situação é preocupante. Não temos nenhum sossego. Todos os dias somos perseguidos, ameaçados. O clima é tenso. Pistoleiros estão nos perseguindo. Não sabemos quem eles querem ‘pegar’. Por isso, estamos denunciando para que alguma providência seja tomada”, disse a agricultora aterrorizada.

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Os agricultores clamam por uma ação policial imediata para apreender as armas e prender os pistoleiros na região.

O advogado Roniery Machado relatou que, entre os anos de 2019 e 2021, cinco trabalhadores foram assassinados. 

“A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão tem que adotar medidas urgentes como o aumento do efetivo e prisão dos pistoleiros. Se nada for feito, isso aqui vai virar um campo de guerra, um campo de batalha”, advertiu o advogado.   

A comunidade clama também por uma decisão da Justiça no processo da Gleba Campina pela manutenção da posse dos camponeses do Povoado Vilela. E solicita o cancelamento dos georreferenciamentos das Fazenda Santa Érica I, II, III, IV e V, que sobrepõem os proprietários por usucapião. 

Outra reivindicação da comunidade é a regularização fundiária por parte do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (ITERMA) das setes comunidades camponesas. 

Além de reivindicarem o cancelamento dos georreferenciamentos da Fazenda Fortaleza Nazaré/Fortaleza e da Fazenda Iraí, que sobrepõem às terras de propriedade da comunidade Novo Paraíso.

Os trabalhadores rurais também demandam que a Prefeitura de Junco recupere a estrada da Campina e exonere o assessor jurídico Fabrício Castro Nunes, que supostamente estaria a serviço de grileiros na região.

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