Na imagem, indígenas do povo Ka’apor no grupo Guardiões da Floresta. Acervo CIMI, por Ruy Sposati
De acordo com o coordenador do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) Regional Maranhão, Gilderlan Rodrigues, é fundamental que os povos indígenas tenham espaços de escuta – tanto aqueles que têm seus territórios como aqueles que estão em retomada no Brasil.
Essa análise foi feita durante a entrevista no Jornal Tambor, na segunda-feira (18/11).
Atualmente, o Maranhão se destaca entre os estados que mais mata indígenas no país, ocupando a quinta posição no ranking dos estados com maiores números de assassinatos indígenas no Brasil, segundo o CIMI.
Por esse motivo, o CIMI-MA tem atuado há várias décadas na luta em defesa da vida da população indígena no Maranhão, promovendo a visibilidade de denúncias de violações de direitos dos povos e espaços de escuta com as comunidades.
E como reconhecimento desse trabalho, a entidade recebeu o certificado de Menção Honrosa pela parceria na promoção e defesa intransigente dos Direitos Humanos.
A homenagem foi concedida pela Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE/MA).
(Veja, ao final deste texto, a íntegra da entrevista de Gilderlan)
Gilderlan disse que o certificado é sinônimo de muito trabalho que missionários e missionárias têm feito ao longo dos anos no Maranhão.
“O Cimi nasceu com o propósito de defesa da vida dos povos indígenas e seus territórios, fazendo as denúncias em plena ditadura militar, em 1972. E isso não mudou até hoje”, ressaltou o missionário.
Com a atual conjuntura violenta para os indígenas no estado, Gilderlan destacou a necessidade de mobilização e formação política nos territórios.
O coordenador do CIMI-MA lembrou do apoio da Defensoria Pública no avanço das demandas prioritárias dos povos indígenas no Maranhão, principalmente, na esfera jurídica.
“São defensores que têm buscado aproximar a própria Ouvidoria e Defensoria dos povos. Isso é fundamental, essa abertura dada a quantidade de processos judiciais que temos enfrentado. O papel da Defensoria é importante para a nossa luta”, completou Gilderlan.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Gilderlan)
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