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Povos Originários! Sociedade e poder público se unem para combater violência

Fotos: Reunião Interinstitucional Ampliada – Redes sociais / COAPIMA.

A Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (Coapima) promoveu na última sexta-feira (10), uma Reunião Interinstitucional Ampliada, para tratar sobre a violência contra os povos indígenas, no Maranhão.

O objetivo do encontro foi estruturar uma agenda específica para enfrentar as violações e violências contra os povos originários, com órgãos e instituições públicas municipais, estaduais e federais.

Segundo o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), somente em janeiro deste ano, quatro indígenas do povo Guajajara foram atacados violentamente, resultando em duas mortes e duas pessoas gravemente feridas no Maranhão.

Para falar sobre a questão. o Jornal Tambor desta segunda-feira (13/02), ouviu Marcilene Liana Guajajara. Ela faz parte da Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (Coapima).

(Veja, ao final desse texto, a edição do Jornal Tambor com a entrevista de Marcilene Liana Guajajara)

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, esteve presente no encontro, além da participação de outros representantes dos governos estadual e federal. Durante a reunião, lideranças indígenas de vários territórios pediram proteção e justiça pelas mortes que já ocorreram.

A coordenadora da Coapima disse que o encontro foi um momento para traçar estratégias no combate a violência contra a população indígena. Foi deliberado a criação de um Grupo Interministerial com a participação de órgãos e entidades indígenas e indigenistas com o objetivo de discutir questões relativas à proteção, fiscalização e demarcação das Terras Indígenas no Maranhão.

“Nesse primeiro momento, a gente propôs criar um grupo de trabalho sobre esses assassinatos que vem ocorrendo no Maranhão e em outros estados. Não dá mais pra gente ficar calado, denunciando e não ter resposta”, cobrou Marcilene Liana Guajajara.

Ela explicou também que um dos desafios no enfrentamento dessa violência é a superação da ausência de proteção nos territórios. Contou que, por conta da “falta de apoio do estado”, muitas dessas terras dependem exclusivamente apenas do monitoramento dos Guardiões da Floresta, para evitar mais invasões. “ Eles acabam fazendo o trabalho que deveria ser do estado”.

Ao final da entrevista a coordenadora reforçou que é necessário também que o poder público “ouça a população indígena”, para construir junto com os movimentos sociais e a sociedade, medidas para acabar com a violência contra esses povos.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Marcilene Liana Guajajara)

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