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Porto Grande! Comunidade continua lutando por sua terra

Terminal do Porto Grande | Foto: Divulgação

A Agência Tambor ouviu um representante da comunidade do Porto Grande, localizada às margens do Rio Coqueiro, zona rural de São Luís, que denuncia estar sofrendo graves violações de direitos da empresa OPS Open Service.

Cosmo Pereira afirma que o empreendimento segue atuando de forma predatória no território.

O morador reiterou a denúncia durante o Jornal Tambor de terça-feira (09/04). Ele faz parte da Comissão da Comunidade de Porto Grande.

(Veja, abaixo, a edição completa do Jornal Tambor com a entrevista de Cosmo Pereira)

Segundo Cosmo, a OPS Open Service deu um golpe nos moradores ao reivindicar a propriedade de toda a área do Porto Grande na Superintendência de Patrimônio da União (SPU).

Desde então, de acordo com ele, toda a comunidade tem sofrido com consequências negativas. A última ação teria sido a instalação de um portão proibindo o acesso da população a Porto Grande. 

E, como relatou o morador, isso impactou fortemente a renda das famílias da Comunidade, porque elas sobrevivem da pesca.

Além disso, Cosmo alegou que a empresa faz monitoramentos de quem entra e sai da área. Ele também destacou que as pessoas que quiserem transitar novamente no Porto, teriam que fazer um cadastro na Associação de Moradores.

Para ele, essa é mais uma tentativa estratégica de controle por parte da empresa. 

Um outro impasse que a Open Service estaria fazendo, de acordo com a denúncia, é que teria contratado moradores da própria comunidade no empreendimento.

Leia também: Porto Grande! Comunidade denuncia ação de empresa

“Uma grande minoria de moradores defendem a empresa, porque estão recebendo por isso. Mas a maioria da comunidade é contra a tudo isso que OPS Open Service tem feito em nosso território”, ressaltou Cosmo.

Ao final, o membro da Comissão da Comunidade de Porto Grande, disse que o caso já foi denunciado no Ministério Público Federal, na Delegacia de Conflitos Agrários e Igualdade Racial e também em veículos de comunicação.

Cosmo reforçou que a comunidade vai continuar lutando de forma honesta pela sua terra.

O outro lado

A agência tambor entrou em contato com a OPS Open Service por meio do e-mail: [email protected]. Veja abaixo a nota enviada pela empresa:

Em face das informações que estão sendo recentemente divulgadas a Empresa OPS

(OPEN PORT SERVICE), vem a público esclarecer que não procede a informação de que os pescadores da Comunidade do Porto Grande estejam impedidos de terem acesso ao Porto.

A empresa informa que recentemente aconteceu uma operação realizada pela

Marinha para a retirada de embarcações pertencente a empresários que estariam usando o local de forma ilegal.

A empresa informa ainda que atua apenas na segurança da portaria do imóvel e

que a mesma está aberta à comunidade, em especial os pescadores locais. Afirma por fim que desenvolve ações de cunho social na comunidade e que está aberta à diálogos com a mesma.

OPS

07/04/2024

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Cosmo Pereira)

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