O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+ é celebrado em 28 de junho. A data representa a luta pelos direitos dessa população e combate a todo o tipo de preconceito.
Entretanto, não há muito o que comemorar. Segundo o Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTQIAPN+ no Brasil, a cada 32 horas uma pessoa é assassinada simplesmente por sua condição sexual ou de gênero.
Por conta disso, é urgente que haja ações mais efetivas de combate ao preconceito e a violência contra a comunidade LGBTQIAPN+. LGBTfobia precisa ser combatida.
Para falar sobre esse assunto o Jornal Tambor (28/06), entrevistou a ativista Rosana Lima, integrante da Executiva Estadual do Fórum de ONGs LGBTs do Maranhão.
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(Veja, ao final deste texto, a edição completa do Jornal Tambor com a entrevista de Rosana Lima)
Segundo Rosana, o preconceito contra a pessoa LGBTQIAPN+ começa dentro de casa. Em muitos casos essas pessoas são rejeitadas pela família e expulsas de seus lares.
“O LGBT só quer ser feliz. Querer ser feliz não é normal?”, indagou.
Ela pontuou que, em 2022, o Maranhão ficou em 6° lugar entre os estados brasileiros que mais assassinaram travestis e transexuais.
Para a militante, a falta de estruturas específicas para o atendimento à população LGBTQIAPN+ é um desafio que só pode ser enfrentado com participação social.
Rosana reconhece que houve avanços, fruto da luta das organizações militantes, porém também destaca que ainda há um longo caminho a percorrer. A militante lembrou que no governo Bolsonaro houve retrocessos que precisam ser reparados. “Foi um caos, agora estamos começando a respirar”, afirmou.
A ativista disse que o governo do Maranhão tem feito avanços significativos para a luta LGBTQIAPN+, mas ainda faltam políticas públicas de qualidade e uma Legislação específica para aprimorar a criminalização da LGBFfobia.
Ao final, Rosana disse que o combate a LGBTfobia e outras formas de preconceito precisa estar em debate nas escolas. Ela ressaltou que no Maranhão serão realizadas dez paradas LGBTQIAPN+ em vários municípios, além de debates entre a comunidade e o poder público.
Como denunciar casos de LGBTfobia
Os canais para denunciar crimes contra a população LGBTQIAPN+ são os plantões centrais da Polícia Militar; a Ouvidoria de Direitos Humanos, Igualdade Racial e Juventude; e o Disque 100. Além da Delegacia da Mulher e a Casa da Mulher Brasileira.
(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Rosana Lima)