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Mulheres negras reagem aos ataques a Iemanjá

Foto: Reprodução

Na semana em que é celebrado o Dia Nacional da Mulher Negra e o Dia Internacional da Mulher Negra, Latina e Caribenha, a estátua de Iemanjá, localizada na praia do Olho d’Água, em São Luís, foi depredada. De acordo com a comunidade afro-religiosa da cidade, o ataque foi criminoso e racista.

Como mobilização pelo racismo religioso, foi realizada a Roda de Conversa “Acesso à Justiça e Reparação: Racismo e suas diversas manifestações”. O evento integra a Agenda Coletiva do movimento Julho das Pretas.

Para falar sobre o ataque e a luta das mulheres negras, o Jornal Tambor de terça-feira (25/07), ouviu a integrante da Rede de Mulheres Negras do Maranhão (REMNEGRA), Claudia Gouveia e a presidenta da Comissão de Promoção de Igualdade Racial OAB-MA e conselheira Estadual da Igualdade Étnico-Racial do Maranhão (CEIRMA), Caroline Caetano.

Claudia também faz parte da Coordenação do Julho das Pretas no Maranhão.

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(Veja, ao final deste texto, a edição completa do Jornal Tambor com a entrevista de Claudia Gouveia e Caroline Caetano)

Segundo Caroline, esse ataque contra o símbolo de uma orixá das religiões de matrizes africanas, configura um crime de racismo religioso. Além de evidenciar a violência contra a imagem feminina.

Para a integrante da REMNEGRA, é fundamental que haja medidas efetivas do poder público para proteger as tradições e religiões afro no Maranhão.

De acordo com as entrevistadas, esse ato violento soma-se a diversos outros ataques que têm ocorrido no Maranhão contra os povos de terreiro. Elas disseram que as agressões são fruto de séculos de racismo estrutural e os responsáveis devem ser punidos urgentemente.

Sobre o Caso

O caso da destruição da estátua de Iemanjá está sendo acompanhado pelo Ministério Público do Estado do Maranhão, pela Delegacia de Crimes Raciais e pela Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos.

No dia 25 de julho, em São Luís, foi realizada uma reunião dos povos de terreiros com os órgãos governamentais: Secretaria de Estado de Segurança Pública do Maranhão (SSP), Agência de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB), Secretaria de Estado da Cultura (SECMA), Conselho Estadual de Igualdade Racial (CEIRMA) e Secretaria de Estado extraordinária de Igualdade Racial (SEIR).

O objetivo do encontro foi o diálogo para saber as providências que serão tomadas pelo poder público em relação ao caso.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Claudia Gouveia e Caroline Caetano)

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