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Junco do Maranhão! Tribunal Popular diz que prisão de Isael Batista Silva tem motivação política

Foto: Divulgação

Organizações presentes ao Tribunal Popular feito para tratar “da grilagem e dos crimes do latifúndio” na Gleba Campina, em Junco do Maranhão (MA), denunciaram que a prisão do cidadão Isael Batista Silva tem motivação política.

Durante o Tribunal, realizado nos dias 09 e 10 de março deste ano de 2024, as entidades enfatizaram que Isael foi “preso sem provas por supostamente ter esfaqueado um policial militar em uma manifestação ocorrida em 29 de novembro de 2023”.

A Polícia Civil teria se baseado em vídeos descontextualizados e palavras de “anônimos”, que apenas confirmam a intenção de “descaracterizar a tentativa de homicídio e não identificar a obviedade do fato de que o ocorrido se tratou de uma legítima defesa”, diz o Tribunal.

Isael era uma das pessoas que estava presente ao ato de fechamento da MA-206 ocorrida no dia 29 de novembro contra a decisão judicial do juiz substituto Cristiano Simas, que entregava a Gleba Campina, de posse dos camponeses desde 1997, para à Família Finger.

Segundo relatos, um homem vestindo capacete e sem se apresentar, aproveitou-se da abertura da rodovia destinada a ambulâncias ou pessoas com necessidades especiais e tentou forçar a passagem, gritando “Vou acabar com essa palhaçada agora!”

Esse mesmo homem sacou uma pistola e atacou os manifestantes. “Só não promoveu uma chacina porque sua pistola falhou, dando a oportunidade para o povo o conter. Ele foi imobilizado e entregue à polícia para ser preso”, relataram no Tribunal.

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Agora, passados quase quatro meses do fato, a Polícia Civil chegou ao povoado com mandados de prisão contra os moradores Isael Batista Silva e Pedro Rodrigues Ferreira. Como Isael estava em casa, a polícia o prendeu por supostamente ter atacado o policial.

As entidades na carta “Viva o povoado Vilela! Viva a Gleba Campina!” exigem o fim da prisão política de Isael Batista e da perseguição política a Pedro Rodrigues e ratificam que “a prisão de Isael não vai parar a luta do povo!”.

Entre as entidades signatárias da carta estão a União das Comunidades em Luta (UCL), Comitê de Solidariedade à Luta pela Terra (COMSOLUTE), Brigadas Populares (Pará), Coletivo Estudantil Filhos do Povo “CEFP São Luís/MA), Associação Brasileira dos Advogados do Povo-Gabriel Pimenta (ABRAPO), Comitê de Apoio ao Jornal A Nova Democracia (São Luís/MA), Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Padre Josimo (Imperatriz/MA), Movimento das Comunidades Populares (MCP), Unidade Classista (MA), Sindicato dos Assistentes Sociais do Estado do Maranhão, Fórum de Mulheres de Imperatriz e Região Tocantina do Maranhão, Fórum Carajás, Associação Maranhense para Conservação da Natureza (AMAVIDA), Associação Sociedade Libertadora (ASSLIB Codó/MA), Associação dos Trabalhadores Rurais Povoado São Lourenço (Carutapera/MA), dentre outras.

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