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Gilderlan Rodrigues diz que tragédia dos Yanomamis foi um crime intencional

Os constantes ataques aos povos originários e seus territórios tem colocado em risco à vida e à integridade física dos indígenas, no Maranhão e no Brasil.

A situação de emergência sanitária na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, tem chocado todo o país. Com casos de crianças morrendo por desnutrição, pneumonia e diarreia.

Nesse mês de janeiro, no Maranhão, dois jovens Guajajara foram alvejados quando caminhavam por uma rodovia que corta a Terra Indígena Arariboia.

Existe um processo de abandono, descaso e violência oriunda do governo anterior, da extrema direita.

No governo Lula, foi criado o Ministério dos Povos Indígenas, que tem como função, garantir, promover os direitos dos povos indígenas e protegê-los. A pasta se torna um fator fundamental no combate à violência contra essa população.

Para falar sobre essa questão, o Jornal Tambor desta segunda-feira (23/01), ouviu Gilderlan Rodrigues. Ele é da coordenação do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) no Maranhão, além de integrar a equipe de Apoio à Povos Livres (Eapil) e a Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão.

(Veja, ao final desse texto, a edição do Jornal Tambor com Gilderlan Rodrigues)

Segundo Gilderlan entre 2005 e 2022, 57 indígenas Guajajara foram assassinados no Maranhão. Destes, 27 viviam na TI Araraboia. Ele disse que a impunidade nos crimes é um dos principais fatores que facilitam o aumento do índice de violência contra os povos indígenas no estado, além do problema da criminalização contra os povos indígenas.

Sobre os Yanomamis, o indigenista ressaltou que a omissão do governo Bolsonaro em relação a essas comunidades foi “intencional”, e que o ex-presidente sempre propagou e motivou a invasão em territórios indígenas. “Por isso chegamos nessa situação”, explicou Gilderlan.

No final, Rodrigues afirmou que o CIMI-MA vai continuar atuando e cobrando a punição dos culpados pela violência contra os povos, e lembrou também da importância do Ministério dos Povos Indígenas na defesa da vida dessas pessoas. “ É um espaço de articulação das políticas públicas para esses povos. A luta é permanente”, esclareceu.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Gilderlan Rodrigues)

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